Em declarações ao Expresso das Ilhas, o presidente da Associação Black Panthers, Alcides Amarante, expressou sua satisfação com essa colaboração sob o lema “Black Panthers e Cooperação Luxemburguesa juntos no combate a exclusão social no sistema educativo”.
"Essa actividade é um complemento, porque todos os anos, por esta altura do novo ano escolar, apoiamos estudantes, temos um número de quase 400 bolseiros do pré ao 12º ano de escolaridade. Mas, nos anos anteriores, devido à crise, não conseguimos dar continuidade, mas agora, com a parceria com a Cooperação Luxemburguesa, vamos apoiar uma média de 430 bolseiros”, afirmou.
Cada estudante recebeu mochilas com os respectivos cadernos, livros canetas e outros itens considerados indespensáveis.
A iniciativa visa apoiar estudantes em uma variedade de bairros, incluindo Bela Vista, Casa Lata em Palmarejo, Tira Chapéu, Eugénio Lima, que enfrentam dificuldades económicas e cujas famílias pediram ajuda.
"Temos um dado estatístico, já que trabalhamos na comunidade, temos um banco de dados onde temos identificado todas as famílias com mais necessidade, porque às vezes, no meio de dois com necessidades, há um outro com ainda mais dificuldades", explicou Alcides Amarante.
Além disso, a Associação Black Panthers demonstrou flexibilidade ao estender a ajuda a famílias que precisavam ainda mais.
"O nosso propósito é um estudante em cada família, mas, quando visitamos a família e vemos a situação em que vivem, ficamos flexíveis e estendemos e há casas de uma família que vão receber três kits," acrescentou Amarante.
Os kits foram entregues hoje, o dia do início das aulas, por questões de logística, como problemas de livros no mercado e também porque o responsável da Cooperação Luxemburguesa estava ausente, conforme o líder da associação.
A Cooperação Luxemburguesa destinou 15 mil euros para essa iniciativa, que permitirá atender às expectativas e necessidades dos estudantes beneficiados.