Informação avançada esta tarde, em conferência de imprensa em São Vicente, pelo técnico do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG).
“A crise sísmica iniciou-se por volta das 18h20 com um número de eventos por unidade de tempo muito elevado e com eventos sísmicos de magnitude relativamente elevada. Culminou por volta das 21 horas com um sismo de 4,8, talvez o mais forte registado em Cabo Verde nos últimos 15 anos. Depois deste evento a taxa sísmica intensificou-se e o número de eventos de magnitude elevada aumentou e manteve-se durante a madrugada e durante grande parte do dia de hoje”, aponta.
“Neste momento, a actividade está a desvanecer. Estamos a fazer a monitorização e não há motivos para pânico, não há motivos para grandes preocupações”, tranquiliza.
O geofísico do INMG explica que a maior parte dos eventos sísmicos têm epicentro no mar, a uma profundidade de cerca de 4,5 quilómetros de profundidade.
“Portanto, os epicentros estão bastante profundos, o que é uma boa notícia porque quer dizer que a causa fulcral da ocorrência dos sismos é profunda. Isto é uma boa notícia, apesar de ter havido estragos na Brava. Claramente que a origem destes sismos são processos vulcânicos, mas leva tempo até conseguirmos fazer uma análise com mais calma”, afirma.
Bruno Faria esclarece que a análise da situação vai levar tempo. O responsável confirma que uma casa acabou por desabar na localidade do Fundo Ribeira da Garça e em Nova Sintra algumas habitações apresentaram fissuras.
Os sismos registados na segunda-feira na ilha Brava foram sentidos também no Fogo e registados em todas as estações sísmicas do país.
Em Janeiro deste ano, Bruno Faria afirmou que a ilha da Brava registou um ligeiro aumento da actividade sísmica, mas sem motivos para alarme. A 25 de Maio, por exemplo, a ilha registou um sismo de 4,3 na escala de Richter.