PR quer um mundo mais humano e um país mais próspero

PorExpresso das Ilhas,31 dez 2023 13:00

“São tempos difíceis, de crise e de estagnação, e com um retrocesso histórico na democracia"
“São tempos difíceis, de crise e de estagnação, e com um retrocesso histórico na democracia"

Na tradicional Mensagem de Ano Novo, José Maria Neves não deixou praticamente nenhum tema de fora, da crise e das incertezas globais até aos combates internos que têm de ser feitos, como contra a pobreza, ou a criminalidade, foram vários os recados deixados pelo mais alto magistrado da nação

“Os meus votos são de esperança num ano de 2024 muito melhor para todos, tanto nas ilhas como no mundo inteiro”, começou a mensagem do Chefe de Estado.

Depois, o Presidente da República falou na crise estrutural global, a qual ainda não se sabe quando vai acabar nem como vai acabar. “São tempos difíceis, de crise e de estagnação, e com um retrocesso histórico na democracia. A sensação é a de que a insensatez impera, e que vozes autorizadas, como as do Secretário-geral das Nações Unidas ou do Papa Francisco, têm pregado no deserto”.

“É patente a necessidade de um mundo mais humano e orientado para o bem comum. Precisamos, como de pão para a boca, de uma nova governança mundial”, disse o Chefe de Estado.

PR deixou o apelo para que haja confiança e alento para acreditar que 2024 será um ano de paz e do fim dos conflitos “com evidente desprezo pela vida humana”.

“Repudiamos os ataques maciços infligidos à população civil indefesa, com massacres de mulheres e crianças, só comparáveis ao pior que aconteceu durante a segunda guerra mundial. Cabo Verde defende a Carta das Nações Unidas e o Direito Humanitário. Desejamos intensamente que terminem as situações coloniais anacrónicas de ocupações ilegais de territórios”, sublinhou José Maria Neves.

Depois, numa mensagem mais virada para dentro, o PR disse ambicionar um 2024 com menos pobreza, menos desemprego e menos desigualdades sociais, “que são fenómenos corrosivos, para qualquer sociedade”.

“Que estejamos determinados a encontrar os melhores caminhos, principalmente para a redução da pobreza extrema, eliminando a insegurança alimentar e as condições de vida degradantes, garantindo uma existência mais digna para todos os cabo-verdianos”, referiu.

Outro desafio, disse José Maria Neves, transversal à sociedade, é a questão da insegurança e da criminalidade. “Esperamos mais sucesso nesta luta, a bem de um clima de maior tranquilidade e harmonia social”.

No sector da Educação, PR avisou que é preciso melhorar a qualidade, e examinar as reivindicações, “nomeadamente as dos professores”. Na Saúde, para o Chefe de Estado, “há que encetar esforços conducentes a uma melhor avaliação da prestação dos serviços disponibilizados aos utentes, com vista à sua melhoria, garantindo maior eficácia e eficiência”.

Nos Transportes, marítimos e aéreos, “face à regressão que se constata, auguramos que aconteçam melhorias significativas durante este ano”, lembrou também o Presidente.

As reivindicações de vários grupos profissionais não foram esquecidas, com o PR a desejar que possam merecer a devida atenção, “pois, muitas delas parecem ser justas”. E o diálogo deve servir para encontrar soluções para as divergências. “Por outro lado, é requerida uma revisão da política salarial do Estado, para que haja maior equilíbrio e justiça entre os diferentes grupos profissionais”, acrescentou José Maria Neves.

O PR reforçou que Cabo Verde tem que melhorar a produtividade e a competitividade da economia. “Nos próximos anos, devemos dispensar uma atenção especial aos oceanos, sendo fundamental a sua protecção e também potenciar todos os recursos marinhos”, disse.

O ambiente não foi esquecido, com o PR a considerar que a COP28 abriu uma porta de esperança de um mundo livre de energias fósseis e capaz de atingir a ambicionada neutralidade carbónica em 2050. “Cabo Verde orgulha-se de iniciar esta caminhada, desde 2008. A aceleração da acção climática, a implementação do índice de vulnerabilidade, o financiamento climático e ambiental, são anseios de todos, principalmente dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, ou seja, dos mais vulneráveis e dos mais afectados, incluindo o nosso país”.

“Que o Novo Ano traga, para todos, mais paz, mais amizade e mais irmandade. Mais oportunidades e mais prosperidade”, reiterou o mais alto magistrado da nação.

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Autoria:Expresso das Ilhas,31 dez 2023 13:00

Editado porJorge Montezinho  em  25 set 2024 23:25

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