A medida foi confirmada pelo presidente do INPS, Mário Rui Lopes Fernandes, que falava aos jornalistas à margem da conferência “Inclusão e Sustentabilidade: Desafios e Oportunidades para o futuro da Segurança Social”.
"Vamos colocar este ano uma prestação para preparar as famílias para a entrada escolar dos seus estudantes. Há o abono de família, que é um instrumento fundamental para equilibrar o país em termos de redistribuição de riqueza," afirmou Fernandes, referindo-se aos ganhos dos beneficiários.
Sobre a decisão do Governo de criar um fundo gerido por uma entidade externa, Fernandes assegurou que o INPS está bem preparado e estável. O responsável enfatizou a clareza e solidez do quadro governativo tripartido do INPS, que envolve sindicatos, patronato e o Estado.
"O INPS tem um quadro governativo bastante claro, tripartido, onde temos os sindicatos, o patronato e o Estado. Estamos a trabalhar, a preparar o INPS para o futuro," assegurou.
Na mesma linha, explicou que todas as medidas actualmente em implementação estão alinhadas com o plano estratégico aprovado para o período de 2022 a 2026 e com os estatutos da instituição.
Também mencionou a necessidade de adaptar as prestações às evoluções na medicina e às demandas da população, especialmente com o envelhecimento populacional.
"Estamos a implementar o plano estratégico que está desenhado para o Instituto. A instituição está estável, está tranquila quanto ao futuro, tem quadros extremamente preparados para os desafios que temos. Temos uma população que está a envelhecer, temos uma população que naturalmente deseja que a gente dê mais prestações," disse.
Quanto as directivas do Governo e o processo de adaptação, Fernandes reconheceu que todo novo processo necessita de ajustes e melhoria contínua. Por isso, mostrou-se disposto em colaborar com o Banco Central para aperfeiçoar os procedimentos e garantir a justiça e a eficiência das medidas implementadas.
"Vamos sentar com o Banco Central para melhorar o processo. É uma medida que é recomendada internacionalmente, é uma medida mais justa para todos, é uma medida, sobretudo, muito importante para os nossos trabalhadores e os nossos segurados," explanou.