A médica, que falava à Inforpress num balanço sobre a situação desta doença na capital do país, adiantou que as mulheres são as mais afectadas e que, neste momento, os registos apontam 26 casos na cidade da Praia.
“Nas últimas duas semanas os casos estão a aumentar, embora não se verifique casos complicados e internamentos, excepto alguns casos que têm necessidade maior de observação, nomeadamente as crianças”, explicou.
Neste particular, sublinhou que neste momento apenas duas pessoas estão internadas por causa da dengue, mas que não ficam internadas mais de 48 horas.
Para colmatar esta situação, segundo a mesma fonte, a Delegacia de Saúde continua a fazer seguimento com pulverização nas casas e no terreno, para eliminar alguns focos.
“Neste momento estamos a fazer também a campanha de recolha de pneus na cidade da Praia, que é um viveiro muito grande para focos de mosquitos”, adiantou Ulardina Furtado.
Esta responsável avançou que de Novembro de 2023 até agora há um registo de 1.126 casos acumulados de dengue na cidade da Praia.
As zonas de Ponta d’Água, Vila Nova, Safende, Calabaceira e Achadinha são as que apresentam maior número de casos, conforme avançou, mas vincou que há casos em todas as zonas.
As mulheres são mais afectadas pela dengue, com tendência mais em adolescentes, jovens e adultos, por isso, a delegada de Saúde da Praia alertou as pessoas a adoptarem os cuidados de sempre para combater esta doença, reconhecendo que a luta é individual e de todos.
O ressurgimento da infecção foi anunciado no início de Novembro de 2023, 14 anos após o surto mais grave de dengue em Cabo Verde, que teve lugar em 2009, com 21.000 casos e seis óbitos, todos na ilha de Santiago.
No rol de sintomas desta doença constam febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, a par de inflamações na pele e, nos casos mais graves, pode evoluir para dengue hemorrágica e, no limite, causar a morte.