Os dados são do Relatório de Migrações e Asilo (RMA) 2023, divulgadas esta semana pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que indicou que a concessão de títulos de residência apresenta um “aumento substancial” face aos anos anteriores, perfazendo 328.978, com destaque para a Autorização de Residência para cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AR CPLP).
O relatório indica que a nacionalidade brasileira se mantém como a principal comunidade estrangeira residente, representando 35,3% do total, com 368.449 residentes, seguida de angolana, representando 5,3%, com 55.589, e cabo-verdiana com 48.885, representando 4,7% do total.
Nessa lista, aparecem em seguida Reino Unido, Índia, Itália, Guiné-Bissau, Nepal, China, França e São Tomé e Príncipe.
Nas concessões de títulos de residência foi indicado que do Brasil foram concedidos 147.262, de Angola 24.374, de Cabo Verde 14.623, de São Tomé e Príncipe 14.504, da Índia 12.185, da Guiné-Bissau 10.320, de Bangladesh 10.077, da Itália 8.804, de Nepal 7.837, do Reino Unido 7.365 e os restantes a totalizar 71.627.
“Salienta-se que as Autorizações de Residência a cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AR CPLP) representam 45,3% das novas concessões de títulos de residência”, salientou o Relatório de Migrações e Asilo.
Assim, as concessões de autorização de residência da CPLP em Portugal representam 108.232 para o Brasil, 15.750 para Angola, 10.941 para São Tomé e Príncipe, 6.560 para Cabo Verde, 4.875 para Guiné-Bissau, 2.139 para Moçambique, 676 para Timor-Leste e um para Guiné Equatorial.
Em relação à nacionalidade portuguesa, foram concedidas 3.112 aos cidadãos de Cabo Verde que aparece depois do Brasil com 26.591 e Israel com 8.142, e antes de Angola com 2.124 e Nepal com 1.625.
De acordo com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo, em seis anos, mais do que duplicou o número de estrangeiros legais em Portugal, passando de 480.300 em 2017, para mais de um milhão em 2023.
O ano de 2023 foi também o período em que a população mais cresceu, correspondendo a um terço, segundo o mesmo documento.
Além deste número, existem milhares de cidadãos estrangeiros a aguardar regularização, sendo que segundo as autoridades, existiam 400 mil processos pendentes nestas condições no final de 2023.