SIJ entra em funcionamento de forma faseada na Praia e São Vicente em 2025

PorSheilla Ribeiro,30 dez 2024 10:14

O Sistema de Informação de Justiça (SIJ) será implementado de forma gradual, iniciando-se na Polícia Nacional, Polícia Judiciária e nos tribunais das comarcas da Praia e São Vicente, em Janeiro de 2025.

A partir de 30 de Janeiro de 2025, o Sistema de Informação de Justiça (SIJ) e o Subsistema de Informação do Processo Penal (SIPP) começam a operar nos serviços da Polícia Nacional localizados nas áreas das comarcas da Praia e de São Vicente, conforme definido na portaria n.º 51/2024 do Ministério da Justiça, publicado na passada sexta-feira, 30.

A obrigatoriedade do uso do processo penal electrónico também passa a ser aplicada nesses serviços.

Segundo o Boletim Oficial, nos tribunais e serviços do Ministério Público das comarcas da Praia e São Vicente, bem como na Polícia Judiciária, o funcionamento do SIJ e do SIPP será iniciado no dia 1 de Janeiro de 2025.

Para as demais comarcas e serviços judiciais, a data será definida e comunicada com pelo menos 30 dias de antecedência, após concertação entre as entidades gestoras e os órgãos judiciais.

De referir que em Março deste ano, o Presidente da República promulgou a lei que cria o Sistema de Informação da Justiça (SIJ), após ter pedido a fiscalização do Tribunal Constitucional, que não colocou entraves à entrada em vigor.

A ministra da Justiça, Joana Rosa, disse, em Dezembro de 2023, no parlamento, durante a aprovação da lei que criou o SIJ, que o sistema vai ser gerido por um instituto, mas a administração dos processos continuará a cargo dos tribunais - isto após o Conselho Superior de Magistratura Judicial (CSMJ) de Cabo Verde ter reclamado para si essa gestão.

A plataforma foi desenvolvida pela Universidade de Aveiro, em Portugal, sob coordenação do Ministério da Justiça, que decidiu criar o seu próprio sistema de raiz.

Em Outubro, em declarações ao Expresso das Ilhas, a ministra da Justiça admitiu que a implementação do SIJ está atrasado, mas justificou a situação como uma decisão estratégica para garantir resultados efectivos.

Segundo Joana Rosa, o sistema anterior, avaliado como ineficaz, foi abandonado em favor do desenvolvimento de uma nova plataforma, criada do zero, em parceria com o NOSi.

A governante explicou que a plataforma já foi desenvolvida, incluindo módulos para a primeira instância, a Relação e, em breve, o Supremo Tribunal de Justiça. Paralelamente, foram trabalhadas infraestruturas legislativas e realizada a formação de operadores judiciários.

“Neste novo ano, o SIJ já está em produção, e estamos prontos para operar”, afirmou na época.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,30 dez 2024 10:14

Editado porSara Almeida  em  2 jan 2025 17:20

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