Cabo Verde, Maurícias e Seychelles são os três primeiros países da África Subsaariana a serem certificados como países livres do sarampo e da rubéola.
“Uma conquista significativa”, lê-se no comunicado da OMS a que o Expresso das ilhas teve acesso.
Com esta certificação os três países juntam-se a outros 94, no caso do sarampo, e 133, no caso da rubéola “certificados pela OMS como tendo eliminado o sarampo e a rubéola”.
Na conferência de imprensa que se seguiu à cerimónia, o ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, lembrou que Cabo Verde, por ser um país turístico e por causa da mobilidade da sua população, “o perigo de reentrada da rubéola e do sarampo é sempre presente”.
“Portanto, a nossa reacção é estarmos sistematicamente preparados para identificar todos esses casos, para evitarmos a reentrada destas duas doenças. É muito semelhante com aquilo que nós conseguimos com o paludismo. Como sabe, nós alcançamos esse certificado e estamos todos os dias a lutar para manter esse certificado. Isso vai-nos dar muito orgulho quando organizarmos devidamente o nosso sistema para responder adequadamente a essa possibilidade de reentrada”, acrescentou o ministro.
Já Ann Lindstrom, representante da OMS em Cabo Verde, ressalvou que “o compromisso político foi essencial” para Cabo Verde alcançar este objectivo e que “não é fácil obter esta certificação” que acontece “só no fim de um processo muito robusto, rigoroso, criterioso. É um processo que é seguido por uma comissão nacional, com dados de evidência do país, e depois uma comissão regional, com peritos independentes que estão a analisar muito rigorosa todos os dados sobre a epidemiologia, a cobertura vacinal, a capacidade de vigilância laboratorial e também capacidade de resposta, se há um caso importado aqui”.
Para a representante da OMS em Cabo Verde esta é, por isso, “uma vitória grande para Cabo Verde, uma grande vitória para a ciência, para a prevenção. e estamos muito felizes hoje ver que a toda a sociedade, esta mostra um sistema de saúde muito sólido, um programa de vacinação sólido dentro do país desde há várias décadas”.
Durante a conferência de imprensa realizada através da internet, Mohamed Janabi, director regional da OMS para África, explicou que a certificação foi verificada “por comissões independentes” que se reuniram no final de Outubro, mas lembrou igualmente que os “riscos de importação” das duas doenças se mantêm e que, por isso, os governos dos três países devem manter “a vigilância, detecção rápida e capacidade de resposta”
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