A posição foi expressa, no parlamento, através do deputado Felisberto Vieira.
“Dos vários desafios que a presidência de Cabo Verde tem pela frente, gostaria de ver observadas questões como a mobilidade dos cidadãos da CPLP, na sua verdadeira dimensão, no âmbito do estatuto da cidadania lusófona, o intercâmbio cultural e a cooperação económica. Desafios que exigirão de cada país membro um novo engajamento para as convergências necessárias e, seguramente, um novo pacto entre todos países membro da CPLP”, defende.
O parlamentar aspira a que a presidência do país considere também a proposta de criação de um mercado lusófono de arte e cultura, dê uma atenção especial ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), assim como à questão dos oceanos.
O maior partido da oposição quer que a CPLP atinja melhores patamares na promoção e difusão da Língua Portuguesa. Neste sentido, Felisberto Vieira propõe a submissão do português, ainda neste mandato, como uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU), a par do inglês, francês, chinês, espanhol, árabe e russo.
O PAICV considera que Cabo Verde tem contribuído para os principais pilares da CPLP, nomeadamente a democracia, a paz, o Estado de Direito, os direitos humanos e a justiça social.
“Questões que, ao meu modesto ver, deverão ser acompanhadas em cada um dos nossos países membros e ser revisitadas com especial acuidade durante o mandato do nosso país”, acrescenta.
Cabo Verde assume, este ano, a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Felisberto Vieira diz que o arquipélago não pode perder a oportunidade de fazer história na organização.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os países que integram a CPLP.