FMI prevê crescimento de 4,3% em 2018

PorAndre Amaral,26 jan 2018 15:27

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Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Cabo Verde anunciou, hoje, em conferência de imprensa, que a economia nacional deverá crescer 4% em 2017 e que este ano o crescimento deverá aumentar para 4,3%. Ainda assim aquela instituição alertou o governo para o elevado valor da dívida pública nacional (126,5% do PIB).

O chefe da missão do FMI a Cabo Verde, Max Alier, anunciou hoje que a "recuperação económica [de Cabo Verde] está a ganhar impulso, o que reflecte um ambiente externo mais favorável e os resultados das reformas económicas em curso". Tendo isto em conta, o FMI aponta que a economia nacional venha a crescer 4,3% durante este ano, o que significa um aumento relativamente ao ano passado em que o FMI aponta para um crescimento de 4% e que se sustenta "no crescimento de dois dígitos da entrada de turistas, na recuperação do crédito ao sector privado, e na maior confiança dos consumidores e do sector dos negócios", destacou Alier.

O FMI prevê, igualmente, que o crescimento da economia nacional venha a "estabilizar por volta dos 4%, respaldado na maior confiança dos investidores na sequência da execução do programa de reforma das autoridades".

"Cabo Verde alcançou uma consolidação orçamental impressionante nos últimos anos", acrescentou o chefe de missão do FMI, que, no entanto, alertou que "a redução da dívida pública se tem revelado um desafio". Segundo Max Alier os dados recolhidos pelo FMI apontam para que a dívida pública esteja agora nos 126,5% do PIB, "assinalando a primeira queda em dez anos" enquanto o défice orçamental registou uma diminuição de 3%. "A meta do défice orçamental fixada em 3,1%" do PIB registada no Orçamento do Estado "é viável, embora exija esforços assertivos de continuar a reforçar a direcção da administração fiscal e aduaneira, e garantir que a alienação de activos públicos que atrasou no ano passado se concretize em 2018".

Quanto ao sector empresarial do Estado o FMI recomendou ao governo que este acelere a sua reestruturação de forma a eliminar a necessidade que as empresas públicas têm de receber ajudas estatais, "em particular as empresas de transporte aéreo (TACV), habitação (IFH) e energia (ELECTRA)", o que, aponta o FMI, "abriria caminho para um maior crescimento do crédito ao sector privado, para uma maior confiança dos investidores, a aceleração do crescimento de médio prazo, a colocação da dívida numa trajectória descendente e para a redução do risco de pressão da dívida externa".

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Autoria:Andre Amaral,26 jan 2018 15:27

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  28 jan 2018 10:35

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