O acto formal da assinatura do documento teve lugar ao final da manhã de hoje, pelo ministro da Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário, e pela coordenadora do sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, e representante do UNFPA e UNICEF, Ulrika Richardson.
O Plano - que dá continuidade ao trabalho desenvolvido à luz do UNDAF (Quadro das Nações Unidas de Assistência ao Desenvolvimento), do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS), da visão da Agenda Global 2030 e dos seus Objectivos de Desenvolvimento Sustentável - prevê a realização de acções voltadas para o alcance das metas estabelecidas na área da vacinação, da nutrição, saúde sexual e reprodutiva (sobretudo na luta contra a gravidez precoce e despistagem do cancro do colo uterino), e acções de reforço para eliminação vertical (mãe-criança) do VIH.
“São muitas acções e que são uma continuação da cooperação mas que também respondem aos desafios actuais de Cabo Verde. Cabo Verde fez uma grande caminhada, testemunhei grandes avanços como, em 2016, o país ser declarado livre da pólio e, em 2015, o país a atingir as metas dos objectivos globais no referente à mortalidade materna e infantil”, ressaltou Ulrika Richardson, que está a concluir os 5 anos de mandato enquanto representante das Nações Unidas em Cabo Verde.
“Deixo Cabo Verde com a impressão de que o país investe nas pessoas e tem as pessoas no centro das suas políticas públicas e prioridades nacionais”, apontou a este respeito.
Lembrando que o ano de 2018 foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Ano da Cobertura Universal da Saúde, Arlindo do Rosário garante ser preocupação do governo conseguir atingir esse objectivo, o que irá implicar esforços não só do Ministério da Saúde mas, também de outros sectores do governo e de outros parceiros a nível regional e das organizações da sociedade civil.
“Temos que ter em atenção os desafios, desafios estes uns de carácter estruturante, que resultam inclusive da nossa condição de país insular e arquipelágico, com parcos recursos humanos e financeiros mas, nós poderemos e temos convicção que estamos no caminho certo. Os indicadores de saúde assim o mostram e são importantes mas, mais do que tudo, é importante levar a saúde lá onde é necessário. Levar com alma, com paixão. Não podemos só falar que está bem, referindo os indicadores, se no aspecto do atendimento falharmos. Precisamos melhorar o atendimento e ter um atendimento mais humanizado”, destacou o ministro, que também referiu a necessidade de contornar as barreiras geográficas e económicas ao acesso à saúde.
É nesta linha que os ODS interpelam os países a “colocar as pessoas no centro das políticas públicas, a disponibilizar serviços acessíveis e a agir para a eliminação da discriminação, por forma a garantir a dignidade, a equidade e um desenvolvimento sustentável do país baseado nos Direitos Humanos”.