Luís Filipe Tavares disse ainda que a "diplomacia económica é um eixo estratégico da acção do Governo", que vai também dar atenção às relações com a China, o Brasil, o médio oriente, em particular Israel, e continuar a aprofundar a integração regional.
"O momento é este, temos que, com coragem e ousadia, mudar substancialmente a política externa de Cabo Verde para adaptar a nossa realidade mundial, que está em mutação constante, sempre defendendo os interesses do nosso país", traçou o chefe da diplomacia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades falava aos jornalistas, na cidade da Praia, antes do início de uma reunião com os chefes das missões diplomáticas e chefes dos postos consulares cabo-verdianos.
"Estamos num momento decisivo para mudarmos o nosso país e a política externa tem um contributo a dar muito importante nessa viragem que Cabo Verde vai tomar nos próximos anos", prosseguiu Luís Filipe Tavares.
O ministro disse que essa viragem será em termos de questões de segurança e defesa, com a parceria estratégica com os Estados Unidos, mas também com a União Europeia, que considera ser uma "âncora económica" para Cabo Verde.
"Vamos continuar a trabalhar para aprofundarmos a parceria especial com a UE, com os EUA vamos dar instruções muito claras sobre as perspectivas até 2020 e acredito que os diplomatas estão a perceber que estamos num momento de viragem", afirmou o governante.
Fazendo um balanço "muito positivo" da diplomacia cabo-verdiana nas várias frentes, Luís Filipe Tavares disse que Cabo Verde tem "objectivos muito claros" a atingir, agora que está a presidir a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A reunião com os chefes das missões diplomáticas e chefes dos postos consulares cabo-verdianos prossegue até terça-feira e serão discutidos as apresentados vários temas, como as linhas de força e prioridades da política externa de Cabo Verde no biénio 2018-2020, estratégia de atração de investimento estrangeiro, as migrações ou atendimento consular.