Arlindo do Rosário falava em reacção à preocupação da Ordem dos Médicos de Cabo Verde (OMCV), relativamente à nomeação de Artur Correia como novo director Nacional da Saúde.
O bastonário da OMCV sublinhou que o facto de Artur Correia não ser médico representa uma “preocupação e levanta algumas incertezas” quanto ao futuro da “sustentabilidade” do próprio sistema de saúde.
O ministro da Saúde declara-se “convicto” que Artur Correia será um “bom director Nacional da Saúde” e que as mudanças que o ministério está a promover vão “no bom sentido”, garantindo que não há motivos para preocupação.
“O conceito do biomédico curativo já está ultrapassado e a Ordem dos Médicos deve saber disso.-Hoje existem modelos mais modernos que entendem que a saúde é um produto social que deve ser visto não apenas na vertente da cura mas também de prevenção", declarou.
Por seu turno, Artur Correia afirmou estar “capacitado e confiante” para debater as questões da política da saúde com qualquer profissional do sector, lembrando que nos “momentos cruciais”, quando Cabo Verde enfrentou “epidemias sérias” sempre estava na “linha da frente”.
“Sinto-me confiante nas minhas competências académicas em experiências com resultados demonstrados a nível do Sistema Nacional de Saúde (...) não vou entrar nessa polémica, para não estragar o bom relacionamento que deve existir entre a DNS e a Ordem”, disse.