A posição foi defendida em São Vicente, em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de tomada de posse dos novos membros da Junta de Saúde do Barlavento.
“Queremos agilizar os processos e queremos, fundamentalmente, optimizar as evacuações. Quando falamos de optimizar, significa ver a questão da qualidade da evacuação, da oportunidade da evacuação, e de todo o processo, de forma a que o doente que seja evacuado, seja rapidamente atendido no centro de referência, lá em Portugal”, afirma.
Cabo Verde assinou recentemente um acordo com Portugal que tem como finalidade eliminar as barreiras existentes e permitir maior fluidez na gestão dos processos das evacuações.
O governante sublinha a importância deste acordo no agendamento das consultas e aponta alguns pontos do documento que considera fundamentais.
“Por um lado, há a criação dessa equipa médica de saúde lá em Portugal, que será constituída por médicos cabo-verdianos, que fizeram todo o seu percurso profissional na Direcção Geral de Saúde de Portugal mas que conhecem muito bem a nossa realidade, e integra também um elemento indigitado pela Direcção Geral de Saúde de Portugal. Teremos as duas Juntas de Saúde daqui de Cabo Verde, mais a equipa mista, que trabalharão todos os processos. Também ficou estabelecida a possibilidade de discussão prévia dos casos pré-evacuação”, aponta.
A redução da burocracia no tratamento dos processos é outra prioridade, no caso, apontada pela recém-empossada presidente da Junta de Saúde de Barlavento, Nair Chantre Lucas.
“A doença não é burocrática. A doença não pára e, infelizmente, as burocracias têm o seu horário", sublinha.
Nair Chantre Lucas substitui no cargo a médica Odete Pinheiro. Também fazem parte desta junta os médicos Tito Rodrigues, vice-presidente, e os vogais Paulo Jorge Almeida, Daniel Anjos Monteiro e Sílvia Sabine.