homepage
Olavo Correia esteve ontem na Comissão Especializada de Finanças e Orçamento a expor as principais linhas orientadoras do Orçamento do Estado para 2019.
Segundo Olavo Correia, este é “um orçamento responsável que procura encontrar soluções para aumentarmos o potencial de crescimento da nossa economia, apostar no sector privado, nas empresas, no emprego e na empregabilidade”.
“É um orçamento muito virado para um quadro macrofiscal responsável, preocupado com o defice orçamental, com o endividamento público - temos de encontrar uma solução a médio prazo para termos uma redução da dívida em percentagem do PIB - mas também um Orçamento que apele, sobretudo, à administração pública tendo em conta aquilo que temos feito nos últimos anos e para que possamos colocar resultados sobre a mesa para os cidadãos em matéria de educação, de segurança, de justiça, da promoção da economia e da empregabilidade”, acrescentou.
Com um valor global de 70 milhões de contos, o OE2019 é um dos mais elevados da história de Cabo Verde e apesar da evolução positiva na arrecadação de receitas, “temos despesas que aumentaram muito nos últimos anos tendo em conta os compromissos que foram assumidos, nomeadamente ao nível das despesas com o pessoal. Investimos muito na segurança, na educação, na justiça, na motivação dos funcionários da administração pública e temos que procurar fazer o máximo para que esse investimento tenha como contrapartida um melhor serviço para os cidadãos”, explicou Olavo Correia.
No entanto, apesar do elevado valor global do OE, este dá pouca margem de manobra ao governo, uma vez que 80% daquele valor são despesas fixas. Um desafio, reconhece Olavo Correia, que espera que este Orçamento faça Cabo Verde crescer ultrapassar o valor actual do potencial de crescimento que se situa no 4 a 5% e “possa chegar aos 7, 8 ou 9%”.
“Temos que crescer mais. O grande desafio da economia cabo-verdiana é o do crescimento. E nós temos um potencial de crescimento à volta dos 4 ou 5%, estamos a crescer no limite do nosso potencial e o nosso trabalho tem de ser de aumentar esse potencial para 7,8 ou 9%. Isso só será possivel quando tivermos as questões estruturais resolvidas: a mobilidade, a conectividade, recursos humanos qualificados, uma máquina pública que se favorável às empresas e aos investimentos, mas sobretudo favorável ao crescimento económico. Isso é importante para que possamos ter uma economia que atraia investimento privado nacional e estrangeiro e que possa permitir, através desse investimento, acelerar a dinâmica de crescimento. Com mais crescimento teremos mais emprego e mais rendimento. Não há outra alternativa”, concluiu.
