"O Estado tem a responsabilidade para que o sector privado e os cabo-verdianos tanto aqui como na diáspora possam empreender, possam inovar. Precisamos de fazer de Cabo Verde um centro de testes de produtos, de soluções para serem colocadas à escala global", destacou Olavo Correia no final da audição com a Comissão Especializada de Finanças e Orçamento.
"O sector privado precisa de financiamento. E nós precisamos de ajudar o sector privado, não pela via do facilitismo, temos de seleccionar os melhores projectos, que tenham mercado e que nos dêem a garantia de que o retorno é certo, porque o Estado tem de ter a perspectiva de criar valor para o país, para a comunidade e para todos", acrescentou o ministro das Finanças.
Quanto à alteração da lei orgânica do Banco de Cabo Verde para permitir a operacionalização do Fundo Soberano que o governo quer criar, Olavo Correia explicou que a solução que o governo está a criar "permite que o BCV possa ter os rendimentos do Fundo, assim como estamos a fazer com o BCA, e que possamos ter uma solução que garanta a criação do Fundo Soberano de Garantia ao Investimento Privado".
Já a possibilidade de esta alteração à lei orgânica do BCV ser uma forma de o Estado se financiar, Olavo Correia afastou a possibilidade. "Não é financiamento do Estado, porque o Estado não vai financiar-se. Isto é para apoiar o sector privado. Temos feito um progresso notável nos últimos dois ou três anos.O défice orçamental está abaixo dos 3%, a dívida pública está a baixar e pensamos que até 2025, o mais tardar, chegaremos a 100% do PIB".