A proposta já tinha sido anunciada na conferência de imprensa do PAICV em balanço das jornadas parlamentares. Rui Semedo, líder parlamentar do maior partido da oposição defendeu este aumento para que os cabo-verdianos façam face a dois anos de seca e estarem em linha “com a inflação que, neste momento, é de 2,5%”.
“Isto para beneficiar directamente todos os trabalhadores da administração pública e servir de referência para o sector privado para poder também aumentar o salário dos trabalhadores”, explicou Rui Semedo.
Hoje, no parlamento, o ministro das Finanças, Olavo Correia, defendeu que a propostas do PAICV é “completamente incoerente no âmbito do debate na especialidade do Orçamento de Estado para 2020, em relação ao aumento salarial na administração pública. Estamos a falar de um partido que nos deixou um pesado fardo em matéria de compromissos com os funcionários da administração pública. Estamos a falar de 2.5 milhões de contos de compromissos por cumprir e que em 15 anos não foi resolvido, e que nós estamos a regularizar. Foi assumido em sede de concertação social e estamos a cumprir religiosamente”.
E acrescentou que em três anos seguidos o governo aumentou “as despesas com o pessoal da Administração Pública em mais de 5 milhões de contos, sem qualquer derrapagem orçamental. Um aumento de quase 40% da massa salarial na Administração Pública. Fizemos um conjunto de promoções, reclassificações, reenquadramentos, aumentos salariais e novos recrutamentos em três anos. Tudo isso com impacto no aumento salarial”.
A proposta foi chumbada depois de ser sujeita a votação pelos deputados. MpD votou contra. PAICV e ICID votaram favoravelmente.