Segundo o ministro, Cabo Verde “está claramente melhor, hoje, está mais confiante, mais previsível, com mais emprego, a crescer, com mais investimento e com mais inclusão social”
Para Olavo Correia Cabo Verde "está com confiança num futuro melhor" apesar do "contexto internacional delicado, de tensões comerciais entre os EUA e a China, do Brexit" e de existir "hoje um quadro mais restritivo a nível do acesso ao financiamento".
Um enquadramento que representa desafios "mas sobretudo oportunidades", destacou o governante.
Quanto à economia nacional, o ministro das Finanças, disse que esta "está a crescer, o défice a reduzir, com a dívida em trajectória de decréscimo, com uma inflação baixa". "O país que estamos a construir está melhor, porque a economia está a crescer", acrescentou ainda Olavo Correia que recordou o crescimento de 5,5% do PIB em 2018 "e todos os indicadores de confiança apontam num sentido de melhoria".
Para o PAICV, no entanto, o governo “deve uma explicação convincente ao povo sobre o que falhou” ao longo dos três anos de governação.
Dirigindo-se a Olavo Correia, Rui Semedo, líder parlamentar do PAICV, o líder da bancada do PAICV garantiu que a “grande verdade é que [o governo] errou, e errou feio, porque nada se acerta e nada se ajusta nem às promessas feitas, nem aos compromissos assumidos”.
“As desculpas já conhecemos, mas nenhuma delas convence nem o melhor dos bem-intencionados porque dizer que a situação afinal é pior do que a idealizada é demonstração clara que toda aquela confiança pré-eleitoral era suportada por uma ignorância que não tem nada de inocente”, acrescentou Rui Semedo.
A resposta veio da bancada do MpD. Alcides de Pina, deputado do MpD, reforçou o discurso feito, momentos antes, pelo ministro das Finanças: "Salvamos o país do abismo evitando o endividamento sem prejudicar o crescimento económico. Refira-se que, entre 2009 e 2016, foram os anos em que o país mais investiu em infraestruturas levando a que a dívida pública mais que duplicasse e, consequentemente, Cabo Verde passou a figurar no ranking dos vinte países mais endividados do mundo".
"A economia está a crescer e a gerar rendimentos. Isto por mais que a oposição continue a zurzir críticas sem sentido", disse ainda o deputado do MpD.
Para a UCID, por sua vez, o trabalho feito pelo Executivo tem sido “um esforço inglório” porque “o país cresceu, de facto, em 2018, a 5% mas não consegue reduzir o desemprego e o governo não consegue distribuir a riqueza. Prova é que foram destruídos 8 775 postos de trabalho de 2017 para 2018. A dívida pública continua a aumentar em termos absolutos apesar da tendência de decréscimo em termos de percentagem. A carga fiscal continua elevada. As micro e pequenas empresas que estão no regime REMPE continuam com muitas reclamações e o Ministério das Finanças não está nem aí", criticou João Santos Luís.