A proposta do foi avançada pelo líder da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Rui Semedo. Submetido a votação acabou por não passar, com 23 votos favoráveis, sendo 21 do PAICV e dois da UCID, mas 26 abstenções do MpD.
Semedo, na sua declaração de voto, considerou que se está perante “uma situação caricata e um negócio calamitoso para o país”, ressalvando que apesar de “a maioria e o Governo dizem se tratar de um negócio totalmente transparente", quando “chega a hora da verdade” nota-se “falta da transparência, de rigor, de prestação de contas e a desvalorização do pagamento, bem como a fuga à informação”.
Rui Semedo entende que “o negócio não está sendo feito da forma mais isenta, com mais clareza e mais responsabilidade".
Por sua vez, a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), pela voz da deputada Dora Oriana dos Reis, avançou que a “Casa Parlamentar acabou de perder uma grande oportunidade” e que o MpD deu uma “machadada na democracia".
O vice-líder do grupo parlamentar do Movimento para Democracia (MpD), Emanuel Barbosa, contrariou a oposição, e garantiu que o processo foi conduzido à luz do Manual de Privatizações.
Da parte do Governo, o vice-Primeiro-Ministro, Olavo Correia, prometeu facultar toda a informação sobre a avaliação e privatização da TACV mas explicou que “nesta fase não podem partilhar informações detalhadas com toda a sociedade civil”.
O governante garante que o negócio sobre a privatização “é transparente” e que executivo vai dar toda a informação em devido tempo, afirmando que “há um momento para a decisão que cabe ao Governo e um momento para a fiscalização e auditoria, que é do parlamento e das instâncias competentes”.
“A decisão não pode ser feita e tomada em praça pública, a todo o tempo”, elucidou o vice-primeiro-ministro, pedindo “calma e tranquilidade” à oposição, de forma a que o processo da privatização seja conduzido com “sucesso, lisura, transparência e responsabilidade".