A posição do partido foi manifestada hoje, no parlamento, no arranque da primeira sessão de Junho.
“A situação não é boa e o responsável pelo que se vive é, infelizmente, vossa excelência, que adoptou uma postura de tapar os ouvidos e fechar os olhos para dirigir uma instituição tão importante como é a Polícia Nacional. O senhor declarou guerra aos agentes da Polícia Nacional, quando a saída era a cooperação e o diálogo”, diz.
Para o PAICV, a insegurança continua a ser um dos principais problemas do país e as respostas do executivo para o seu combate não têm tido os efeitos desejados.
“Por mais voltas que se dê, não será possível impedir as pessoas de ver que a violência urbana continua a agravar-se e que as pessoas vivem verdadeiros dramas, não obstante os discursos triunfalistas do Governo que quer construir a percepção e passar a ideia de que o problema já está resolvido. A gravidade da violência urbana é testemunhada pela quantidade de homicídios ocorridos no primeiro semestre deste ano, pelo aumento do abuso sexual de crianças, pelo assalto à mão armada de forma cada vez mais ousada e descontrolada”, entende.
Do lado da UCID, o deputado António Monteiro entende que é necessária uma boa relação entre o Ministério da Administração Interna e todos os agentes de segurança.
“Se não for assim, será extremamente difícil, porque nós estamos a falar de pessoas, e as pessoas se não se sentirem bem dentro do serviço que devem prestar à sociedade civil, não estarão 100% disponíveis para desenvolver este serviço com todas as performances necessárias”, considera.
Para o MpD, a prioridade do Governo é proteger o povo cabo-verdiano, prevenir e combater a criminalidade. A deputada do partido no poder, Filomena Gonçalves afirma que o executivo tem uma visão clara, pragmática e realista.
“Todos queremos oportunidade e segurança nas nossas famílias, um padrão de vida cada vez mais alto e um país pacífico e sustentável para os nossos filhos. Tudo isto está ao nosso alcance, mas só acontecerá se trabalharmos juntos, se pudermos realizar debates racionais e construtivos, se arrumarmos a nossa política”, defende.
Segurança e criminalidade estiveram em debate, esta manhã, na Assembleia Nacional, no arranque dos trabalhos parlamentar relativos à primeira sessão plenária de Junho. A sessão contou com a presença do ministro Paulo Rocha.
Governo alerta para a complexidade da nova realidade criminal
O Governo reconhece que os cabo-verdianos preocupam-se cada vez mais com um outro tipo de criminalidade, cuja prevenção estritamente policial é difícil, exigindo qualidade investigativa. Quem o diz é o Ministro da Administração Interna, que fala, por exemplo, no desaparecimento de pessoas.