Segundo José Gonçalves, a ideia é garantir um quadro de previsibilidade a nível da assistência social para os pescadores.
“Estamos a trabalhar com o INPS no sentido de ver como é que se cria um quadro, claro que tem que ser por via da contribuição, onde as pessoas podem ter não só assistência medica e medicamentosa mas também salvaguardar a sua reforma. Claro que a nível individual pode não ser uma solução, estamos a ver, eventualmente, através das associações, mas é uma questão que está em cima da mesa, para procuramos a melhor solução possível”, garante.
Esta preocupação foi manifestada também pelo vice-presidente da Associação de Armadores de Pesca de Cabo Verde (APESC), Susano Vicente.
"Constatamos que há pescadores, homens com idade avançada, e perguntamos qual é a sua situação? Urge pensar a questão da pensão social desses homens que durante muito tempo lutaram e trabalharam e que hoje já não conseguem dar mais de si. Portanto, é necessário repensar a situação, o Estado e as associações, para que juntos possamos criar formas de debelar esta situação”, afirma.
No decorrer do evento foi assinado um protocolo de cooperação entre a APESC e o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca (INDP).
O documento vai permitir que as duas instituições trabalhem em parceria na elaboração de programas, projectos e planos de acção em áreas de interesse comuns. A gestão partilhada de infra-estruturas e equipamentos, formação e recolha, tratamento e divulgação de estatísticas socioeconómicas são outros pontos que constam do documento.