Maritza Rosabal, que falava aos jornalistas durante o II Simpósio Nacional da Família e Inclusão Social, explicou que na cidade da Praia há muitas dificuldades para a rede educativa e a venda do liceu vai permitir redimensionar a rede educativa na estação Várzea-Terra Branca, vão ser requalificadas e ampliadas três escolas, uma na Várzea e duas na Terra Branca para que se transformem em complexos educativos que recebem alunos desde o 1º até ao 8º ano de escolaridade.
Para além disso, acrescentou, também vai permitir relocalizar o Liceu da Várzea e vocacioná-lo para aquilo que é o Ensino Secundário, abarcando toda a faixa que começa do 9º, 10º, 11º e 12º anos e a todas as opções que se prendem com o Ensino Secundário.
“É uma ótima intervenção, sobretudo porque vai trazer fluidez à rede, vai criar novas oportunidades e permitir que os alunos até o fim do Ensino Básico, que é o 8º ano, estejam nas suas zonas. Por exemplo, na Terra Branca temos uma escola privada para o Ensino Secundário, mas não temos escolas que levam os alunos até ao 8º ano de escolaridade. Vamos manter esta possibilidade nas zonas de Terra Branca e Bela Vista em função dos fluxos e na Várzea vamos ter uma escola secundária”, clarificou Maritza Rosabal.
Conforme indicou a ministra, o prazo para a deslocalização do Liceu da Várzea é de dois anos e as futuras instalações serão edificadas na zona do Taiti. O Liceu Cónego Jacinto alberga cerca de 1800 alunos do 7º ao 12º ano, 110 professores e 20 funcionários e o governo, através de uma portaria conjunta dos ministros das Finanças e dos Negócios Estrangeiros, anunciou no dia 6 no Boletim Oficial, a autorização da venda dos cerca de 12 mil metros quadrados onde está construída aquela escola secundária para a construção da futura embaixada dos EUA. Pela venda o Estado vai arrecadar 5.800.000 USD (cinco milhões e oitocentos mil dólares).