Para o partido, reunido este fim-de-semana em Conselho Nacional, "o governo tem tentado camuflar a sua incapacidade de resolver os reais problemas das populações com recurso à propaganda feita à custa do erário público e com o desdobramento dos membros do Governo pelas ilhas e concelhos do país e pela diáspora, limitando-se nestas oportunidades, a constatar os velhos problemas e dificuldades e a anunciar novas promessas ou novos estudos e fazer conferências ou fóruns sem quaisquer consequências úteis para a vida das pessoas”.
Para Démis Lobo, porta voz do Conselho Nacional, "pelo estado das coisas é já incontestável que o Governo falhará a meta de um crescimento médio anual de sete por cento”. O maior partido da oposição entende que o crescimento económico registado está “muito aquém” dos objectivos traçados pelo executivo de Ulisses Correia e Silva e “não tem tradução na melhoria das condições de vida das pessoas”.
Considerando que a criação dos 45 mil postos de trabalho é uma “miragem”, o PAICV entende que o Governo, em três anos, “destruiu aproximadamente 15 mil postos de trabalho”.
“As promessas de um emprego digno têm se traduzido na massificação de estágios profissionais miseráveis e indignamente remunerados”, lamentou Démis Lobo.
De olhos postos nos transportes, o PAICV considera que o Governo criou um monopólio nos voos domésticos que “não serve os cabo-verdianos”.
“Os bilhetes de passagem são escandalosamente caros, considerando o poder de compra dos cabo-verdianos”, apontou o porta voz.