A opção de uma Direcção Central de Investigação Criminal passa, conforme o governante, pela recentragem daquilo que deve ser o papel da PN em matéria de investigação Criminal.
“A instalação dessa direção central prevê termos uma estrutura na PN autónoma, que se dedicará 100% a investigação criminal, retirando a investigação da alçada dos comandos regionais que têm outras preocupações, nomeadamente em termos de fiscalização do trânsito, de patrulhamento, etc”, disse.
Paulo Rocha avançou que já foram feitos os estudos necessários, já se identificou o modelo e que agora está-se a fazer as formações. Além disso, já foi identificado um espaço e o “desafio” é implementar em 2020.
Em declarações à Comissão Especializada, o ministro considerou que neste momento a PN ainda não tem o número de efectivos que se previa para 2016, num estudo realizado em 2015, no âmbito da cooperação técnico/policial com Portugal. Conforme informou, o estudo indicava que em 2025 a PN chegasse 2730 efetivos e em 2016 a 1949.
“Perdem-se muitos efectivos para a emigração, o abandono é um factor de grande importância, mas há ainda a aposentação que é um processo natural”, justificou.
Prosseguindo, Paulo Rocha comunicou que a PN não recruta mais do que 120 agentes devido à limitada capacidade da escola de Polícia. Um outro desafio neste momento é, conforme discursou, adaptar a escola para receber mais efectivos do sexo feminino.
Neste momento há, segundo o ministro, “muitos candidatos” com curso superior, mas, na próxima formação dos agentes policiais, os efectivos terão de ter uma formação superior.
“É apenas mais um passo acompanhando aquilo que é a evolução da nossa sociedade, nós temos muitas universidades no país, o país está a mudar e a PN tem de se adaptar”, sublinhou.