Governo estuda “outras alternativas” após falência de Thomas Cook

PorSheilla Ribeiro,24 jan 2020 15:00

Carlos Santos
Carlos Santos

O governo está a criar “outras alternativas” para fazer face ao impacto da falência do operador Thomas Cook, nomeadamente no mercado holandês e belga, disse hoje, na cidade da Praia, o ministro do Turismo e Transportes.

Carlos Santos manifestou essa iniciativa, em conferência de imprensa de Balanço da participação de Cabo Verde na FITUR e na INVESTOUR. Para o governante, apesar da operadora a Thomas Cook “não ter um peso grande” nos números de turismo (5 a 7%), a sua saída acabou por impactar determinados operadores na ilha do Sal e da Boa Vista e em determinados hoteleiros cabo-verdianos.

“Eu fiquei muito satisfeito na FITUR porque nas conversas que eu tive com alguns operadores nacionais, e também de outros países, já se está a criar outras alternativas, designadamente no mercado holandês e no mercado belga para já no próximo inverno termos um reforço. Ou seja, aquilo que se tem dito, e eu também estou de acordo, é que o mundo turismo é um mundo com uma dinâmica constante”, disse.

Por isso, acrescentou, o governo deve continuar a trabalhar a nível da promoção, da diversificação, na preparação do produto turístico por forma a que o país seja cada vez mais atractivo perante os visitantes.

Para preparar o produto turístico, conforme o ministro, o governo precisa definir o que é que cada ilha pode apresentar, para depois ter uma agenda que edifique aquilo que é o produto cabo-verdiano.

“E para isso, precisamos de dinheiro. Estou esperançado e tudo farei para que durante este ano nós possamos ter uma espécie de programa operacional de turismo, precisamente para operacionalizar aquilo que já se fez, que são os master plans, para conseguirmos começar a edificar o produto turístico cabo-verdiano que ainda não existe”, afirmou.

O ministro disse ainda acreditar que há tempo para criar o produto turístico, uma vez que muito do material, que são os master plans, já está desenhado. Para isso, o governo terá de trabalhar “com muita velocidade” para conseguir, ainda este ano, ter um programa operacional do turismo, dado que o produto turístico “não é algo abstracto”.

“É feito de monumentos, é feito de património, é feito de cultura, é feito de agenda cultural para se conseguir apresentar junto dos nossos visitantes algo que seja único. Temos de apostar de facto naquilo que é o nosso ADN a nível da cultura, a nível da história”, indicou.

O Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, está de regresso ao país depois de representar Cabo Verde na 40.ª edição da FITUR e na 11.ª do INVESTOUR em Madrid, Espanha.

A Feira Internacional de Turismo (FITUR) é uma feira anual, realizada nos finais de Janeiro, em Madrid. O Fórum de Investimentos e Negócios em Turismo para África (INVESTOUR) é organizado no âmbito da FITUR. Trata-se de uma plataforma anual em que as empresas africanas têm a oportunidade de dialogar sobre novas possibilidades de negócio e cooperação com empresas do sector turístico a nível internacional.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,24 jan 2020 15:00

Editado porSara Almeida  em  17 out 2020 23:21

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