O governo apresentou hoje de manhã as medidas previstas para a concretização do Plano Nacional de Contingência para o coronavírus.
Segundo o Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, a epidemia de coronavírus “é relevante não só para Cabo Verde como para o mundo inteiro, como temos estado a acompanhar”.
Apesar de Cabo Verde ser, até agora, “um país livre de coronavírus, é preciso dizer que nenhum país está livre de ter casos suspeitos ou comprovados. A realidade que acompanhamos demonstra isto mesmo”. Por isso, considera o primeiro-ministro, “a melhor opção é estarmos preparados para qualquer eventualidade e é neste contexto que o plano nacional de contingência ao Covid-19 é apresentado”.
A medida tomada pelo governo de interditar os voos de e para Itália foi tomada “em tempo útil e oportuno e a decisão vai ser prorrogada até 30 de Abril, porque tínhamos definido um período de três semanas e vamos continuar a fazer a avaliação da situação em Itália. Em relação aos voos provenientes de outros países como França, Portugal e Espanha vai ser mantida a vigilância e a triagem apertada nos aeroportos. Estamos a falar de países de onde há um fluxo permanente de transportes directos para Cabo Verde”.
Já eventos internacionais agendados para se realizarem em Cabo Verde e que reúnam números elevados de participantes vindos de países assinalados com a epidemia “devem ser cancelados até 30 de Junho”, anunciou Ulisses Correia e Silva. Uma medida que “será sujeita a avaliação periódica da situação da epidemia”, reforçou o primeiro-ministro.
O Plano de Contingência vai ser validado hoje e depois, na próxima quinta-feira, será aprovado em Conselho de Ministros “para ter força vinculativa” apesar de já estar em execução.
“Faço um apelo a todos os cidadãos no país e na diáspora. Porque aquilo que se assiste nas redes sociais são detonadores de pânico e de irresponsabilidade e aquilo para que nós alertamos é que perante coisas sérias, que implicam a vida de pessoas, que têm implicações na vida dos países devemos introduzir um 'vírus' muito mais positivo que é o da responsabilidade para que possamos evitar determinadas propagações que só criam pânico e não ajudam na resolução de nada e só pioram a situação”, concluiu o primeiro-ministro.