​Jorge Carlos Fonseca “consternado” com recente ataque terrorista em Moçambique

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,14 nov 2020 7:41

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, diz-se profundamente chocado e consternado com o “ignóbil” ataque terrorista ocorrido recentemente em Moçambique, onde mais de 50 pessoas terão sido decapitadas, em Cabo Delgado, pelo grupo radical islâmico que desde 2017 assombra o norte do país.

Numa mensagem de condolências publicada esta sexta-feira, 13, na página de facebook da Presidência da República, o chefe de Estado cabo-verdiano condena “o acto cobarde e vil de terrorismo”.

“O meu país condena de forma veemente o acto cobarde e vil de terrorismo perpetuado, sem nenhum respeito pela vida das crianças, mulheres e homens presentes no local, pessoas totalmente vulneráveis e indefesas”, lê-se na mensagem.

No texto, Jorge Carlos Fonseca dirige-se ao seu homólogo moçambicano Filipe Nyus, também enquanto Presidente em exercício da CPLP, para expressar as suas mais profundas condolências pelo “trágico acontecimento ocorrido na República irmã de Moçambique”.

“Neste momento de grande inquietude e de muita tristeza, rogo a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas e ao Povo irmão de Moçambique toda a minha solidariedade e meu sentido abraço por este momento difícil que atravessam”, acrescenta.

O massacre levado a cabo por grupos armados no Norte de Moçambique já dura há mais de três anos e não vê prenúncio de fim.

Só nos últimos dias, mais de uma dezena de aldeias do distrito de Muidumbe foram atacadas pelos radicais, com ligação ao autoproclamado Estado Islâmico, que querem dominar a região. De acordo com a Polícia moçambicana, citada pela Agência de Informação de Moçambique, numa dessas aldeias, Muatide, "mais de 50 pessoas" foram sequestradas e depois decapitadas num campo de futebol que se transformou num campo de execuções. A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, alertou esta sexta-feira para a "situação alarmante" no Norte do país.

As autoridades moçambicanas estimam que, nos últimos três meses, 270 pessoas - entre civis e soldados moçambicanos, tenham sido assassinadas e que cerca de 1050 habitações tenham sido destruídas em Cabo Delgado, província rica em petróleo e religiosamente diversificada.

Ao todo, desde há três anos, cerca de duas mil pessoas terão morrido e 400 mil visto na fuga para províncias vizinhas a única solução. A Amnistia Internacional estima que mais de 700 mil pessoas precisam de ajuda humanitária no país. 

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,14 nov 2020 7:41

Editado porFretson Rocha  em  19 ago 2021 23:21

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