Em declarações à imprensa, à margem da apreciação do documento pela Assembleia Municipal, o edil sanvicentino esclareceu que durante o contraditório as dúvidas dos inspectores foram esclarecidas.
“As inspecções trazem sempre conteúdos novos, recomendações boas para melhoramos o nosso desempenho. Não há nada de grave no relatório, só o dia-a-dia que nos faz, muitas vezes, fazer algumas práticas que temos que corrigir e melhorar. E foi isso, basicamente, o conteúdo do relatório. Nós mostrámos e justificámos cada ponto levantado pelos inspectores”, assegura.
“Os inspectores interpretam a lei de uma forma, nós de outra e todos têm razão, porque as inspecções anteriores nos orientaram nalgumas coisas. Passámos a fazer assim. Estes vêm e nos orientam de outra forma. É chegar a um melhor entendimento”, acrescenta.
Sobre a leitura diferente que os partidos na oposição fazem do documento, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente considera que isto deve-se à incapacidade de entendimento dos “termos técnicos”.
“Não entendem as matérias e ficam muitas vezes perdidos e fazem interpretações que não têm nada a ver com aquilo que está no papel, que são termos eminentemente técnicos. Deveriam preparar-se e criar comissões próprias da área para discutir, assim como a câmara tem uma comissão que trabalha, pessoas que entendem da matéria”, nota.
“Aceitando-se que, num ou noutro momento, alguma irregularidade possa ter sido cometida, não foi de forma deliberada”, declara Augusto Neves.
Sobre a possibilidade de o relatório ser entregue aos tribunais, o edil afirma que não tem “nenhum problema nesse sentido.”