O chefe do Governo fez esta confirmação em declarações à imprensa depois de receber no Palácio do Governo, na cidade da Praia, o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, na sua passagem por Cabo Verde a caminho de uma visita oficial à Guiné-Bissau.
“Nós já andamos a trabalhar este dossiê há algum tempo”, frisou o governante, completando que é preciso lembrar que, relativamente ao stock da dívida relacionado com o projecto Casa Para Todos, o assunto foi tratado com o primeiro-ministro português, António Costa, aquando da V Cimeira Cabo Verde – Portugal, realizada em Abril de 2019 na cidade da Praia.
“Há evoluções e desenvolvimentos agora com a iniciativa portuguesa de suspender o pagamento da dívida durante um certo período. Nós estamos todos interessados em avançar mais e fazer com que a liderança portuguesa seja contagiante relativamente a outros países e credores porque o custo extraordinário excepcional da covid-19 para um país como Cabo Verde é enorme”, continuou.
Ulisses Correia e Silva afirmou ainda que “não há poupança interna” e que “nenhum país está preparado para fazer face a esses custos sem apoios suplementares”.
“É isso que nós esperamos para que a nossa dívida possa entrar num nível de sustentabilidade e possa depois limpar aquilo que são custos excepcionais derivados da covid-19”, finalizou.