Esta pretensão foi tornada pública hoje pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Evandro Monteiro, no acto da formalização da Adenda ao Protocolo de Formação em Exercício em Medicina Geral e Familiar para médicos cabo-verdianos, assinado em Janeiro de 2018, e que trouxe ao País o secretário de Estado Adjunto e da Saúde de Portugal, António Lacerda Sales.
Para o governante cabo-verdiano, que destacou a excelência das relações entre os dois países, pretende-se com esta aposta “dar uma resposta especializada mais adequada à comunidade, onde são sobejamente conhecidas e onde estão as bases das principais questões ligadas à saúde”.
Evandro Monteiro revelou que o País vai receber, brevemente, os primeiros formandos com mestrado integrado em medicina, fruto de uma parceria estreita que envolve os dois governos, universidades e ordens dos médicos, pelo que considerou que “este acontecimento extraordinário irá permitir que, pela primeira vez, Cabo Verde consiga formar os seus próprios quadros em medicina ‘in loco’”.
Estes estudantes, frisou, serão seguramente os precursores para que o País crie as condições de base para a desejada e contínua capacitação, especialização na área específica da medicina geral e familiar.
Já o representante português disse que o protocolo hoje assinado estreita, ainda mais, as relações entre os dois países, argumentando tratar-se de “um marco relevante e um passo notável no longo histórico de cooperação na área da saúde” entre os dois Estados, e recordou que o protocolo de 2018 permitiu a formação específica de médicos cabo-verdiano na área da medicina geral e familiar.
Não obstante os constrangimentos provocados pela pandemia da covid-19, António Lacerda Sales disse que foi possível consolidar os conteúdos dos módulos de formação em exercício.
Afiançou que a alteração do protocolo já rubricado vai permitir que os médicos portugueses especialistas em medicina geral e familiar possam ser dispensados para exercer as funções de tutores dos colegas cabo-verdianos em formação, razão pela qual considerou tratar-se de um facto importantíssimo para a melhoria da qualidade assistencial, científica e formativa.
A cooperação entre Cabo Verde e Portugal nos domínios da Saúde é considerada histórica e tem sido alicerçada em múltiplos acordos com vista a fortalecer as bases para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Saúde, sendo que a formação e capacitação dos profissionais de saúde tem sido umas das grandes áreas de cooperação de sempre.