MpD apoia decisão do governo em assumir controlo da CVA

PorExpresso das Ilhas,22 jun 2021 18:15

O membro da Comissão Política Nacional do MpD, Luís Carlos Silva, afirmou que o MpD suporta integralmente a decisão do governo de assumir o controlo da Cabo Verde Airlines, uma vez que não vislumbra outra solução que possa sustentar um futuro sem sobressaltos da companhia aérea.

Luís Carlos Silva, que falava hoje em conferência de imprensa, referiu que perante a nova realidade imposta pela pandemia de COVID-19, o governo encetou negociações com a Loftleidir em busca de uma nova solução que permitisse, por um lado, a manutenção dos postos de trabalho de aproximadamente 300 colaboradores e, por outro lado, que viabilizasse o reinício das operações.

Após um longo período negocial, prosseguiu, pôde-se assinar um acordo entre o Estado de Cabo Verde e a Loftleidir, em Março de 2021, para a viabilização da empresa mesmo que temporariamente, num quadro de difícil previsão devido às incertezas que derivam da pandemia do COVID-19.

Conforme apontou, o acordo previa a cedência de ambas as partes em diferentes matérias e, igualmente, compromissos e responsabilidades das partes para permitir o objectivo do reinício das operações de forma organizada e sem sobressaltos.

“Todavia, decorridos sensivelmente 70 dias após a assinatura do referido acordo e estando prestes a iniciar as operações, o governo tendo feito uma análise sobre o cumprimento do Acordo concluiu que, infelizmente, a outra parte não tem demonstrado níveis de engajamento e determinação necessários para manter a confiança na empresa e garantir a continuidade futura da empresa, bem como do ativo estratégico para a implementação do Hub”, afirmou.

“Assim, não vislumbrando outra solução que possa sustentar um futuro sem sobressaltos para a empresa, o MpD suporta integralmente a decisão do governo de assumir o controlo da empresa”, sublinhou.

É nesse quadro que o governo está disponível para resumir determinados níveis de responsabilidade, assumir o controle da empresa e andar sozinho, tendo em conta que o parceiro “não tem” os mesmos níveis de engajamento, segundo o porta-voz.

O processo de reversão da privatização da companhia aérea tem de ser negociado.

“Para continuar a parceria tinha que ter outros níveis de engajamento que estão lavrados no acordo assinado e o parceiro não tendo a disponibilidade para cumprir com esse nível de engajamento que também é financeiro, deve ceder a sua participação na empresa”, declarou.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Expresso das Ilhas,22 jun 2021 18:15

Editado porAndre Amaral  em  5 abr 2022 23:20

pub.

pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.