Ministro dos Transportes garante que não há desorientação do sector de transportes aéreos

PorSheilla Ribeiro,30 jul 2021 14:10

O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, assegurou hoje que não há desorientação do sector de transportes aéreos e classificou o discurso do líder parlamentar do PAICV como sendo uma narrativa já montada.

Carlos Santos falava hoje no parlamento, na sequência da intervenção do PAICV no debate sobre o estado da Nação.

Na sua intervenção, João Baptista Pereira afirmou que apesar da desvalorização dos TACV, nem os 48 mil contos para 51% do seu capital social, que deveriam ser pagos até Dezembro de 2019, foram pagos ao Estado de Cabo Verde pelo seu parceiro estratégico.

O líder da bancada do PAICV referiu que com o acordo assinado com o parceiro islandês o custo do leasing dos aviões triplicou, a indústria aeronáutica nacional foi desmantelada, enquanto mais de 12 milhões de contos foram injetados na empresa, em garantias e avales, nos últimos dois anos.

Na sequência, Carlos Santos esclareceu que há três pontos que identificam a situação em que se encontra hoje a transportadora aérea, tendo o ponto de partida em 2016.

“A situação calamitosa da empresa com dívidas superior a 100 milhões de dólares, companhia sem aviões, e tínhamos uma situação de bloqueio nas ajudas de parceiros como Banco Mundial, Luxemburgo, Portugal que impedia que as ajudas orçamentais fossem enviadas para Cabo Verde por causa da situação da TACV”, indicou.

Em 2016, defendeu o ministro, com o novo governo houve a necessidade de tomada de decisão ou fechar a TACV, ou optar para salvar a companhia, tendo o governo buscado um parceiro, injectar liquidez e inserir a companhia num outro formato. Os resultados, afirmou, apareceram em 2019, antes da pandemia.

"Em 2016 não existia Boeing no parque dos TACV nem os ATR. O contrato de compra e venda foi entregue aos senhores deputados em 2019 através da Assembleia, os senhores têm acesso a esse contrato, onde define o valor da empresa. O governo não suportou o estacionamento do boeing em Miami porque os contratos de leasing já preservam a parte de manutenção”, advogou, acrescentando que toda a manutenção era suportada pela Loftleidir.

Quanto à desvalorização dos preços dos TACV, o governante garantiu que não pode acontecer e nem poderia acontecer uma vez que antes de vender uma empresa é preciso uma avaliação.

“Para se vender uma empresa tem que se fazer em primeiro lugar a avaliação. E já trouxemos, a pedido do senhor deputado na altura, o relatório da avaliação da empresa. A empresa foi avaliada, foi determinado um valor e foi até por um valor superior a da avaliação que nós vendemos, 145 mil contos. Não se pode continuar a dizer que custou 48 mil contos, está no relatório”, disse.

Entretanto, o líder da bancada do PAICV submeteu um requerimento à mesa exigindo ao governo que apresente o contrato que assinou com a Loftleidir Cabo Verde em Março de 2021.

O requerimento, que visa esclarecer se o governo ou a Loftleidir Cabo Verde têm razão ao acusar a outra parte de não cumprir o contrato, foi aprovado pela unanimidade dos 69 deputados presentes.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,30 jul 2021 14:10

Editado porSheilla Ribeiro  em  13 mai 2022 23:20

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