A denuncia foi feita hoje em conferência de imprensa pelo deputado nacional eleito pelo círculo eleitoral da Brava, Clóvis Silva.
Conforme referiu, o governo realizou um contrato de concessão da linha marítima que beneficia a Brava, entretanto, o partido afirma que aparentemente ou não há fiscalização governamental ou de facto não existe qualquer obrigação do navio pernoitar na Brava.
“Durante a semana passada nem por uma única vez o navio pernoitou na Brava e pelo calendário constante da página da empresa, até ao final deste mês, não se prevê nem por uma única vez que algum navio pernoite na ilha”, disse.
Os dados e as informações, segundo o PAICV, indicam que as deslocações para a Brava estão cada vez mais deficitárias, afetando o negócio local, afectando os passageiros e afectando a ligação da Ilha com o resto do país.
“Recentemente a empresa fez chegar na Brava um navio roll-on roll-off, cuja rampa não permite que opere na ilha obrigando à contratação do serviço de estiva para um navio roll-on roll-off. Mas pior de toda esta situação está a evacuação de doentes da Ilha Brava para o Fogo, onde se localiza o hospital Regional”, delatou.
Como exemplo, o deputado afirma que ainda ontem uma criança e uma mulher grávida, por volta das 14h00, foram evacuadas para o Fogo recorrendo-se a uma embarcação de pesca.
Para Clóvis Silva, o Governo continua a não cumprir com as suas obrigações para com a Ilha Brava e sua gente, nesta matéria.
“A vida humana não pode esperar a remodelação de um edifício, por mais importante que seja este e edifício, nada pode e nem deve ser posto à frente do valor que a vida humana tem. Não pode ser o motivo para que até ainda não esteja na Brava este destacamento”, reportou.
O deputado do PAICV pediu a salvaguarda da vida humana, reclamou a dignidade e pediu ao governo que cumpra a promessa para com o povo da Brava.