Em mensagem dirigida aos diplomatas nacionais, hoje, Dia da Diplomacia Cabo-verdiana, Rui Figueiredo Soares assegurou que a direção política do Ministério trabalhará incansavelmente para juntos, continuarem a valorizar a diplomacia nacional e a prestigiar o nome de Cabo Verde.
Isto porque, segundo o ministro, o contexto internacional em que se exerce a diplomacia nos dias de hoje é de enorme complexidade e encerra um forte grau de imprevisibilidade.
“Tal complexidade decorre tanto da crescente diversificação de temas com que a Diplomacia tem que lidar, quanto da diversidade de actores internos e externos que nela intervêm”, argumentou, explicando que a imprevisibilidade resulta, em grande medida, do enfraquecimento do multilateralismo e de acções unilaterais que tendem a abanar os fundamentos da ordem internacional estabelecidos na Carta das Nações Unidas
Quadro que, segundo Rui Figueiredo Soares, impõe desafios gigantescos para a acção diplomática de Cabo Verde e para os diplomatas cabo-verdianos, que devem, do seu ponto de vista, continuar a dar provas da capacidade de compreender as mudanças em curso e de adaptação à realidade daí adveniente em que devem promover a defesa do interesse nacional.
Para tanto, defendeu, é crucial que lhes sejam criadas condições adequadas à contínua melhoria do seu desempenho, lembrando que foi com este entendimento que, em cumprimento do previsto no seu Programa, o Governo decidiu criar o Instituto Diplomático de Cabo Verde.
Acredita que o IDCV dará uma contribuição fundamental, quer para a formação inicial de diplomatas, quer para a sua formação contínua.
“Nesta auspiciosa oportunidade, quero reiterar-vos, caras e caros diplomatas e agentes da Diplomacia Cabo-Verdiana, o reconhecimento do Governo pelo papel fundamental que tendes sabido desempenhar na acção externa de Cabo Verde e agradecer-vos a dedicação e o profissionalismo que tendes demonstrado”, sublinhou.
Hoje, 16 de Setembro, celebra-se o Dia da Diplomacia Cabo-verdiana, instituído pela Resolução 80/2022, de 10 de Agosto, assinalando um dos principais momentos da política externa – a admissão de Cabo Verde como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas, a 16 de Setembro de 1975.
Com essa decisão, o Governo propôs-se homenagear, celebrar e valorizar a diplomacia, os diplomatas cabo-verdianos e demais agentes da diplomacia nacional, bem como estimular debates e reflexões temáticas no domínio da política externa.