Segundo o também presidente da Câmara Municipal do Paul, a estratégia deve passar por pensar o sector numa perspectiva local e regional.
“Santo Antão é considerada a ilha que reúne as condições naturais para satisfazer o ecoturismo na sua vertente rural e de forma sustentável, e ainda actividades relacionadas com a natureza, destacando-se pelos percursos turísticos", sublinha.
A complementaridade da oferta turística, aproveitando a especificidade de cada ilha, deve ser o eixo principal de qualquer estratégia.
“A excelência só será atingida se apostarmos na complementaridade naquilo que as outras ilhas e regiões não podem oferecer. Temos condições propícias para o turismo, mas [Santo Antão] ainda apresenta altos níveis de vulnerabilidades que requerem cuidados redobrados. Temos destinos consagrados, mas há outras alternativas que começam a despontar, despertando interesse dos turistas”, afirma.
Para António Aleixo, a afirmação do país como um destino turístico requer “que o turismo seja pensado numa óptica local e regional”.
Na mesma linha, o ministro do Turismo e Transportes destaca a visão do executivo para o sector. Carlos Santos sublinha que o foco está na eliminação de vulnerabilidades e consolidação do destino.
“A visão do governo para o turismo é clara e baseia-se na colocação do turismo no centro das prioridades para o relançamento da economia e do emprego, fazendo com que o turismo seja um fenómeno que se generalize pelas ilhas. O foco está na identificação e prossecução dos quatro grandes desafios: competitividade, sustentabilidade, concentração e maximização dos efeitos positivos do turismo em tudo o que sejam famílias e empresas cabo-verdianas”.
Para Carlos Santos, a realização da I Conferência Internacional de Turismo de Natureza em Santo Antão é um sinal do interesse do Governo em diversificar a oferta turística e implementar a estratégia de 'cada ilha um destino'.