Nuias Silva falava à imprensa durante uma conferência de imprensa para fazer o balanço da reunião da Comissão Política do partido, realizada ontem.
Conforme avançou, o momento é de reflexão e celebração pelos recentes avanços alcançados pelo PAICV.
“Esta é uma jornada democrática onde o PAICV sai reforçado, consolidando-se como o maior partido autárquico em Cabo Verde, tanto em número de câmaras governadas quanto na população sob a sua influência directa. Esta vitória reflecte a confiança dos cabo-verdianos no nosso partido para liderar o país, inicialmente através dos municípios e, a partir de 2026, na governação central”, considerou.
Uma das principais consequências da recente vitória autárquica do PAICV é a sua liderança na Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV).
Para Nuias Silva, este órgão será essencial para “convergir as vontades dos municípios e transformá-las em políticas concretas que promovam o desenvolvimento local e a resolução de problemas directamente nas comunidades”.
Apesar de reafirmar o caráter democrático e colaborativo do partido, Nuias Silva não confirmou interesse pessoal em liderar a ANMCV.
“Não há da minha parte qualquer impulso pessoal para essa liderança. O foco será sempre uma solução que responda às necessidades dos municípios e da população. O mais importante é construir pontes e trabalhar com todos os autarcas, independentemente do partido, para garantir uma governança de proximidade eficaz”, afirmou.
Quanto à possível renovação da liderança do PAICV, Nuias Silva frisou que o partido aguarda a decisão do actual presidente, Rui Semedo.
“Temos um líder que merece o tempo necessário para reflectir e comunicar a sua posição. Caso Rui Semedo opte por não continuar, estarei disponível para contribuir de forma convergente e inclusiva na construção de uma agenda forte que mobilize o partido e o país”, garantiu.
O vice presidente do PAICV ressaltou, no entanto, que a prioridade é reforçar a unidade e a coesão dentro do partido, enquanto se planeiam os próximos passos estratégicos.
“Todos somos convocados a contribuir para a construção de uma ampla plataforma de mobilização, que inclua diferentes vozes e ideias, com o objectivo de mudar o rumo do país em 2026”, declarou.