PM reforça compromisso com redução da pobreza e inclusão social

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,22 fev 2025 9:06

O primeiro-ministro reafirma que as políticas de rendimentos, de protecção e inclusão social, estão direccionadas para reduzir e eliminar a pobreza extrema, com foco na promoção da autossuficiência das famílias. Posição expressa hoje, durante a sua intervenção na abertura do encontro "Protecção e Inclusão Social".

Ulisses Correia e Silva aponta para um percurso positivo na redução do número de pessoas em situação de vulnerabilidade, mas adverte que não é um problema que se resolve de uma única vez.

“Temos ainda pessoas com dificuldades? Temos, sim. Temos ainda famílias que estão dentro dos 2,4% da extrema pobreza que ainda temos, que têm dificuldades em ter três refeições por dia? Temos, sim. Se antes estavam em situação pior e hoje estão em situação melhor? Estamos, sim. Apenas reduziu-se esse número, mas esse número existe e essas pessoas existem. E algumas passam mal, sim, são realidades que existem. Muitas ainda estão em barracas, em condições de vida e de habitabilidade muito difíceis, atingindo até a dignidade da pessoa humana. Esta realidade existe, sim”, assegura.

O chefe do governo aponta para intervenções em sectores-chave como saúde, educação, formação profissional, habitação, agricultura e emprego com impacto na melhoria das condições socioecónomica das famílias.

Noutra frente, e em jeito de resposta às críticas sobre os gastos com o funcionamento do governo, Ulisses Correia e Silva diz que a geografia única do país apresenta desafios específicos de governação.

“Nós temos nove ilhas. Se fosse uma única ilha, uma universidade era mais do que o suficiente. Poucas escolas, um hospital, um porto, um aeroporto eram mais do que suficientes. Mas não é essa a nossa realidade, a administração, a saúde, a educação, infraestruturas e segurança têm que de estar em todas as ilhas. Isso representa a função do Estado, e essa função do Estado tem despesa e tem pessoas, e tem máquina. E onde é que o Estado gasta mais dinheiro? A educação, a saúde e a segurança representam, em termos de efectivos da administração pública, 76% de todos os funcionários que nós temos na administração pública e são precisamente nesses sectores onde a demanda por meter mais gente existe. Quando se pede mais segurança, está-se a pedir mais polícia. Então, vamos meter mais polícia, é mais máquina do Estado, é mais despesa, mas é necessário”, refere.

Ulisses Correia e Silva sublinha a necessidade de “uma abordagem colectiva e transversal” para enfrentar os desafios de desenvolvimento do país, com o envolvimento de todos os parceiros.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,22 fev 2025 9:06

Editado porAndre Amaral  em  22 fev 2025 17:20

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