“O assédio, no geral, aos turistas, particularmente no Sal e na Boa Vista, tem sido uma preocupação já há vários anos. Muitas medidas têm sido tomadas e, relativamente ao Sal, a criação do Polícia Municipal também tem contribuído bastante para a dissuasão desta conduta e para a prevenção de situações de assédio”, declarou hoje Paulo Rocha durante o período de perguntas dos deputados ao Governo.
O ministro salientou que o assédio não se limita apenas a cidadãos nacionais, mas também envolve estrangeiros que oferecem serviços como artesanato, guias turísticos e traduções.
Apesar dos esforços de organização desse sector, a prática do assédio ainda persiste, embora em menor escala, conforme garantiu.
“Houve um esforço de organização deste sector, mas a prática do assédio infelizmente continuou, com menos frequência do que era antes, porque a dissuasão tem funcionado. Nós queremos garantir que continuamos a ser eficazes nesta matéria”, garantiu.
Sobre o assédio sexual em particular, Paulo Rocha admitiu que não possui dados concretos no momento, mas salientou que a maior preocupação das autoridades é o incómodo contínuo ao qual os turistas são sujeitos, o que pode ter impactos negativos no turismo cabo-verdiano.
“Muito mais do que o assédio sexual, é o incómodo permanente a que os turistas ficam sujeitos e que entendemos que possa ter impactos negativos a nível do turismo em Cabo Verde”, concluiu.