Artigos sobre Professor de Filosofia
“As condições da liberdade só na Segunda República foram consignadas nos normativos constitucionais”
Em Cabo Verde, o Dia da Liberdade de Pensamento passou, este ano, quase despercebido, não obstante ser considerado uma pedra angular dos direitos humanos e fundamentais em sociedades democráticas. Para fazer uma reflexão sobre o significado desta efeméride o Expresso das Ilhas conversou com o Professor de Filosofia, Carlos Bellino Sacadura, autor do livro Uma visão ética da liberdade, democracia e sociedade aberta na perspetiva global e cabo-verdiana editado pela Livraria Pedro Cardoso e que já se encontra disponível nas plataformas electrónicas Fnac.pt e booki.pt e que versa sobre a cultura da liberdade, tanto na vertente histórica como na actualidade, numa perspectiva universal e cabo-verdiana. Referentemente a Cabo Verde o Professor Bellino considera que, embora a Constituição de 1992 garanta a liberdade de pensamento e de expressão, no nosso país como em muitas outras latitudes, a questão económica é central. “Importa não fazer uma dicotomia como às vezes se coloca, que, bom, as liberdades não interessam, vamos ao que interessa, que é a economia e há uma tendência para basear a liberdade apenas no cálculo, no quantificável”, afirma, acrescentando que “é preciso restabelecer o primado dos valores da pessoa humana, incluindo os seus direitos sociais e culturais”.
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