​JOMAV volta a ignorar Acordo de Conacri e escolhe Artur Silva como sexto primeiro-ministro em três anos

PorExpresso das Ilhas, Lusa,31 jan 2018 7:53

José Mário Vaz
José Mário Vaz

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, nomeou esta terça-feira o antigo chefe da diplomacia guineense Artur Silva novo primeiro-ministro do país, segundo um decreto presidencial publicado em Bissau.

A posse está marcada para hoje, acrescenta o comunicado.

Além de ministro dos Negócios Estrangeiros, Artur Silva foi também ministro da Defesa, da Educação e das Pescas. Engenheiro ligado às pescas, Artur Silva é formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) do Brasil.

Artur Silva é o sexto primeiro-ministro nomeado pelo Presidente José Mário Vaz no espaço de três anos.

O agora nomeado primeiro-ministro não é apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições legislativas.

O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, disse, na terça-feira, em conferência de imprensa, que o seu partido não iria aceitar qualquer nome que não fosse o do seu dirigente Augusto Olivais, proposto no âmbito do Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que prevê a nomeação de um primeiro-ministro de consenso.

Dois dos cinco partidos com assento no Parlamento guineense, o PCD e a União para Mudança, manifestaram-se solidários com a posição do PAIGC relativamente à figura do primeiro-ministro. Os três partidos acreditam que só a nomeação de Augusto Olivais contribuirá para pôr fim à crise política vigente.

O novo primeiro-ministro guineense terá como tarefa fundamental preparar e realizar eleições legislativas ainda este ano, como espera o Presidente guineense.

A tomada de posse de Artur Silva está marcada para esta quarta-feira, dia em que chega a Bissau uma delegação da CEDEAO para averiguar o cumprimento do Acordo de Conacri.

A CEDEAO admite a imposição de sanções a pessoas e organizações que estejam a criar obstáculos ao cumprimento do acordo.

A chegada da missão da CEDEAO ocorre 24 horas depois da situação na capital guineense se ter degradado, com o cerco policial à sede do PAIGC, onde deveria ter lugar o nono congresso do partido. 

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,31 jan 2018 7:53

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  28 dez 2018 3:22

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