Destaques da edição 917

PorExpresso das Ilhas,26 jun 2019 0:12

Nesta edição, o Expresso das Ilhas destaca a entrevista com João Neves, Secretário de Estado da Economia de Portugal: O Estado tem o papel de acelerar o crescimento dos países.

Saído de uma crise económica profunda, de um resgate financeiro pelo FMI e de uma situação de desemprego que não parava de crescer, Portugal é hoje apontado como exemplo de recuperação económica. Nesta entrevista ao Expresso das Ilhas, João Neves, Secretário de Estado da Economia, explica como foi possível reverter um cenário negativo a todos os níveis e entrar numa fase de crescimento económico. No entanto, alerta, “quando nós crescemos torna-se cada vez mais difícil de sustentar o ritmo de crescimento”.

Também neste número, o presidente da Câmara da Brava, Francisco Tavares: Saúde, água e ligação marítima, os principais problemas da Brava. Estes são os três principais constrangimentos que têm impedido a Ilha Brava de dar o salto qualificativo rumo ao desenvolvimento. Os sinais são ainda ténues, mas as perspectivas são animadoras, como realça o edil bravense. “Vê-se que agora há maior confiança dos imigrantes na Câmara Municipal da Brava e que há um engajamento maior de vários grupos de imigrantes ajudando a ilha em diversos sectores”. Entretanto, a grande aposta de Francisco Walter Tavares é a criação de uma espécie de taxa solidária, cuja ideia seria a abertura de uma conta bancária nos Estados Unidos onde cada bravense poderia contribuir com transferências periódicas e mensais num valor que teria como base o salário de uma hora de trabalho de cada imigrante. “Se entre cinco e dez mil bravenses aderirem a esta ideia, estaríamos a falar de uma arrecadação mensal de quase o valor do Fundo de Financiamento Municipal. Este valor seria para investimentos específicos em áreas sociais e em projectos estruturantes para a ilha”. Para lançar esta iniciativa Francisco Tavares estará de visita nos Estados Unidos no mês de Setembro nas três cidades com maior número de imigrantes bravenses. “Se aderirem, não tenho dúvidas que a Brava ganhará e muito com essa tal taxa solidária”, acredita.

A juíza cabo-verdiana Januária Costa: O Tribunal de Justiça da CEDEAO é mais que direitos humanos. É um organismo que tem por objectivo forjar uma cultura forte de respeito pelos direitos humanos e promover a boa governação no espaço comunitário, mas é quase um desconhecido no panorama da CEDEAO. Quase um ano depois de ser eleita juíza do Tribunal de Justiça da Comunidade da CEDEAO, a cabo-verdiana Januária Costa esteve no arquipélago, na segunda missão da principal instituição jurídica da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental ao país (a primeira tinha sido há dez anos). Apesar do amplo programa de sensibilização em Cabo Verde, que decorreu entre os dias 17 a 22 deste mês, a adesão dos cidadãos deixou muito a desejar.

Cabo Verde Investment Forum: Uma “plataforma” para o investimento. “Transformar Cabo Verde num país plataforma no Atlântico Médio” é um desígnio do governo, inserido na sua visão para o desenvolvimento e crescimento económico do país. O papel central pertence ao sector privado, que é chamado à ribalta no Cabo Verde Investment Forum (CVIF), cuja primeira edição decorre, sob o lema supracitado, no Sal entre 1 e 3 de Julho. Trata-se de um evento que reúne investidores, promotores e empreendedores (entre outros) funcionando ele próprio como “plataforma” para o investimento.

GAO estima que a economia cresça entre 5 a 6 por cento do PIB em 2019. O ritmo da actividade económica acelerou em 2018. Calcula-se que o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) tenha aumentado 5,5% em 2018. Para 2019, espera-se que a economia cresça dentro do intervalo de 5% a 6%, com base nas reformas estruturais em curso. Estes são os principais dados de avaliação da primeira jornada de revisão deste ano do Grupo de Apoio Orçamental (GAO) que esteve em Cabo Verde de 17 a 21 de Junho.

Manifestações: Exigir na rua para que se decida nos gabinetes. A 5 de Julho, a população da ilha de São Vicente voltará a sair às ruas, mobilizada pelo movimento Sokols 2017, em nova manifestação, desta feita sob o lema “quem cala consente”. A 15 de Junho, em São Nicolau, gritou-se “agora é a hora”. Duas manifestações, no espaço de poucas semanas, com reivindicações comuns: maior atenção do governo, em particular no que diz respeito aos transportes.

Na cultura, Elida Almeida: “Agora quero afirmar-me lá fora”. Em quatro anos, Elida Almeida já percorreu vários países do mundo mostrando o seu trabalho, a música tradicional e a bandeira de Cabo Verde. Dona de uma voz poderosa, doce e suave, de sorriso fácil, de simpatia contagiante e uma energia fora de série, a jovem artista de Santa Cruz, interior de Santiago, já se impôs no cenário da música cabo-verdiana com vários temas do nosso cotidiano e agora quer afirmar-se lá fora. A cantora de “Ora doci, Ora margos” vai ter, em 2020, um novo disco.

No interior, a opinião de Eurídice Monteiro, A mão invisível do Bispo; e de Adilson Semedo, Laicidade, tolerância de ponto e cerimónia das exéquias do Bispo Dom Paulino Évora.

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Autoria:Expresso das Ilhas,26 jun 2019 0:12

Editado porDulcina Mendes  em  24 mar 2020 23:21

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