Em comunicado, o ministério tutelado por Abraão Vicente diz que o anúncio feito esta segunda-feira, 21 de Maio, em Lisboa, Portugal, “consagra um escritor cabo-verdiano que transpôs a barreira da literatura e dos contos cabo- verdianos além-fronteira, levando estórias, baseadas em factos reais, aos vários livros que tem escrito ao longo da sua vida”.
“Com os seus livros, “O dia das calças roladas” de 1982, “O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo”, 1989, “Os dois irmãos”, 1995 ou ainda as mais recentes obras publicadas “Eva”, 2006, “De Monte Cara vê-se o mundo”, 2014 ou “Regresso ao paraíso”, 2015, o autor natural da ilha da Boa Vista, de forma simples, cativa o leitor para dentro de cada linha, de cada parágrafo, de cada capítulo, de cada estória”, lê-se.
Germano Almeida é o segundo cabo-verdiano a vencer o Prémio Camões, depois de Arménio Vieira. A decisão foi anunciada esta segunda-feira, no mesmo mês em que Germano Almeida presenteia os leitores com a sua mais recente obra, “O fiel defunto”.
O anúncio da atribuição do do Prémio Camões 2018 foi feito no Hotel Tivoli, em Lisboa, após reunião do júri.
O Prémio Camões é o maior prémio da Língua Portuguesa, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988. Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projecção e reconhecimento "do património literário e cultural da língua comum", segundo o protocolo estabelecido entre Portugal e o Brasil, assinado em Junho de 1988, que instituiu o prémio.