Segundo a autora, este livro procura retratar as relações de cooperação entre a Fundação Calouste Gulbenkian e o Estado de Cabo Verde desde época colonial.
“Esse contributo é essencial, porque a fundação apoiou em todas as frentes num processo de construção que remonta a época colonial e que se intensifica na nação cabo-verdiana, quando atinge a sua independência, foi apoiado na valorização dos recursos humanos e no reforço das suas instituições”, frisa.
A apresentação do livro esteve a cargo do ex-ministro da Educação de Cabo Verde, Manuel Faustino. O evento contou ainda com a participação da reitora da Uni-CV, Judite do Nascimento e do Administrador da FCG, Guilherme d`Oliveira Martins.
Guilherme d`Oliveira Martins disse que a sua fundação orgulha-se de ter contribuído para a formação dos quadros cabo-verdianos. “Mais do que a formação, a fundação faz o acompanhamento da qualificação, dos valores em termos de capital humano em Cabo Verde”.
Manuel Faustino, um dos bolseiros da fundação, destacou que, além de financiar os estudantes cabo-verdianos, a Fundação Calouste Gulbenkian apoiou instituições do país, na área da saúde e da agricultura, durante o governo de transição, no qual participou.
Desde 2006, quando foi criada a Universidade de Cabo Verde, que a fundação tem estabelecido com esta, uma estreita articulação, através do apetrechamento da Biblioteca Central, da deslocação de docentes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, para viabilização da primeira Licenciatura em Enfermagem, do primeiro curso livre de Música, e no apetrechamento da Sala de Música para apoio à respectiva formação.
A cooperação foi reforçada com a celebração de dois protocolos de cooperação, em 2011 e em 2015, aos quais se junta o contributo da fundação na formação do pessoal docente da Universidade, através das bolsas atribuídas para mestrado e doutoramento.
O livro é uma edição da Fundação Calouste Gulbenkian que conta de que forma esta foi determinante na criação e no reforço da universidade pública.
De referir que a Fundação Calouste Gulbenkian intervém nos países africanos desde 1963, respondendo às necessidades de desenvolvimento social e económico, em particular na educação e saúde.