O “histórico” trompetista, que começou por lembrar o seu percurso, desde as primeiras vezes que pisou os palcos do Mindelo, até emigrar e integrar o “famoso grupo” Voz de Cabo Verde, diz ter sido incentivado por duas pessoas que lhe disseram, “há muito anos”, que tinha jeito para a música.
“Nunca pensei ser homenageado, nunca me passou pela cabeça. A dado momento vi que havia alguns jovens a serem homenageados e então pensei com os meus botões: 'Morgadinho, se tem homenagem, então pões-te na fila”, disse, arrancando gargalhadas à plateia.
“Espero que um dia os meus netos possam dizer que o avô participou em algo em prol da cultura da nossa terra”, augurou.
Já Jorge Carlos Fonseca garantiu ter sido uma “decisão simples” a de condecorar Morgadinho com o Primeiro Grau da Ordem do Dragoeiro, pelo percurso que tem e com a contribuição que deu à música e à cultura de Cabo Verde.
“Pensei comigo, mais vale tarde do que nunca e hoje, aqui no Mindelo, tenho este prazer e privilégio de o homenagear com o Primeiro Grau da Ordem de Dragoeiro”, assumiu.
Também nesta terça-feira, o Presidente da República condecorou as Forças Armadas com a Primeira Classe da Medalha de Estrela de Honra, em reconhecimento do “contributo na melhoria das condições de vida da população, na defesa e segurança do país”, bem como “nas missões de busca e salvamento e outras realizações de interesse público”.