Comecemos então pelos últimos. Dois projectos: o D’Alma Lusa e o KreolKréol.
O projeto D’Alma Lusa junta músicos dos vários países onde o Português é a língua oficial. A intenção é criar um tipo de fusão musical entre Cabo Verde e os outros países lusófonos.
Como representantes Anabela Aya (Angola); Karyna Gomes (Guiné-Bissau); Roberta Campos (Brasil); Mirri Lobo (Cabo Verde); Otis (Moçambique) e Cuca Roseta (Portugal).
Já o projeto KreolKréol, elaborado em parceria com a SACEM, junta artistas cuja música é de inspiração crioula. Celebra-se a música crioula. Este ano coube à nossa Elida Almeida e Tiloun das Ilhas Reunião.
Também interessante, o palco da “Zona Kriol” que para além dos conceituados Bulimundo, aparecem os recém-criados Azágua, grupo que pela sua formação adivinha-se sucesso absoluto. Aguardamos com expectativa. O “naipe” cabo-verdiano ainda traz Trakinuz, ligados ao Hip-Hop crioulo.
Do Brasil, o enorme Rincon Sapiência, cada vez com mais sucesso dentro e fora do Brasil. Já com alguns prémios no seu país, para além de músico e MC, é um dos produtores mais respeitados da nova geração.
Por fim, os nomes já conceituados. Dos nacionais obviamente espera-se com alguma ansiedade o regresso do projecto Mário Lúcio & Simentera, grupo que povoa o imaginário de muitos Cabo-verdianos, com todo o seu universo musical, que nos foi oferecido há uns anos atrás. Ainda nossos, mais dois vultos enormes: Tito Paris e Mayra Andrade, que apresenta o seu mais recente álbum, já com críticas consideráveis pela imprensa internacional.
Recebemos ainda sons lusitanos através da linda voz de Cuca Roseta, e a festa contagiante dos cubanos El Comité.
Finalmente, os representantes do Jazz. E que representantes! O contrabaixista Stanley Clarke e o Blues de Lucky Peterson.
Em relação a Stanley Clarke, falamos de uma das maires referências do jazz mundial. Entre Grammys, prémios da crítica e da academia, discos que revolucionaram o Jazz como por exemplo o School Days, também é compositor, produtor, autor de bandas sonoras entre muito, muito mais.
Luckcy Peterson será o representante do Blues neste festival. Não tão clássico, acrescenta à sua música nuances de algum funky e outros ritmos que cria.
Assim, estarão lançadas as mais variadas sonoridades, de várias origens, para que os dias do KJF 2019 nos faça inebriar com tudo o que de belo a música nos traz… sempre!
Texto originalmente publicado na edição impressa doexpresso das ilhasnº 900 de 27 de Fevereiro de 2019.