Recomendação para ouvir: Krio Jazz Festival 2019– os dias da música

PorPaulo Lobo Linhares,4 mar 2019 7:48

​E eis que é apresentado um dos cartazes mais esperados do nosso “ano-musical”.Revelações que com certeza trilharão o caminho do sucesso, nomes conceituados pelo mundo inteiro e os interessantes projectos que juntam músicos de vários países, sob um conceito específico.

Comecemos então pelos últimos. Dois projectos: o D’Alma Lusa e o KreolKréol.

O projeto D’Alma Lusa junta músicos dos vários países onde o Português é a língua oficial. A intenção é criar um tipo de fusão musical entre Cabo Verde e os outros países lusófonos.

Como representantes Anabela Aya (Angola); Karyna Gomes (Guiné-Bissau); Roberta Campos (Brasil); Mirri Lobo (Cabo Verde); Otis (Moçambique) e Cuca Roseta (Portugal).

Já o projeto KreolKréol, elaborado em parceria com a SACEM, junta artistas cuja música é de inspiração crioula. Celebra-se a música crioula. Este ano coube à nossa Elida Almeida e Tiloun das Ilhas Reunião.

Também interessante, o palco da “Zona Kriol” que para além dos conceituados Bulimundo, apare­cem os recém-criados Azágua, grupo que pela sua formação adivi­nha-se sucesso absoluto. Aguar­damos com expectativa. O “naipe” cabo-verdiano ainda traz Trakinuz, ligados ao Hip-Hop crioulo.

Do Brasil, o enorme Rincon Sapiência, cada vez com mais sucesso dentro e fora do Brasil. Já com alguns prémios no seu país, para além de músico e MC, é um dos produtores mais respeitados da nova geração.

Por fim, os nomes já conceitua­dos. Dos nacionais obviamente espera-se com alguma ansiedade o regresso do projecto Mário Lúcio & Simentera, grupo que povoa o imaginário de muitos Cabo-verdianos, com todo o seu universo musical, que nos foi oferecido há uns anos atrás. Ainda nossos, mais dois vultos enormes: Tito Paris e Mayra Andrade, que apresenta o seu mais recente álbum, já com críticas consideráveis pela imprensa internacional.

Recebemos ainda sons lusitanos através da linda voz de Cuca Roseta, e a festa contagiante dos cubanos El Comité.

Finalmente, os representantes do Jazz. E que representantes! O contrabaixista Stanley Clarke e o Blues de Lucky Peterson.

Em relação a Stanley Clarke, falamos de uma das maires referências do jazz mundial. Entre Grammys, prémios da crítica e da academia, discos que revolucionaram o Jazz como por exemplo o School Days, também é compositor, produtor, autor de bandas sonoras entre muito, muito mais.

Luckcy Peterson será o representante do Blues neste festival. Não tão clássico, acrescenta à sua música nuances de algum funky e outros ritmos que cria.

Assim, estarão lançadas as mais variadas sonoridades, de várias origens, para que os dias do KJF 2019 nos faça inebriar com tudo o que de belo a música nos traz… sempre!

Texto originalmente publicado na edição impressa doexpresso das ilhasnº 900 de 27 de Fevereiro de 2019.

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Autoria:Paulo Lobo Linhares,4 mar 2019 7:48

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  23 nov 2019 23:21

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