Vhils chega a Cabo Verde a convite do projeto Xalabas - di Kumunidadi, que intervém no bairro da Achada Grande Frente, na cidade da Praia, criando circuitos turísticos alternativos, utilizando também a arte urbana como ferramenta de promoção local.
Além de intervir nas paredes e murais locais, Vhils vai ainda realizar um workshop com as crianças e adolescentes do bairro.
A inauguração pública da obra realizada por VHILS está prevista para quarta-feira, 16 de outubro, pelas 19:00, informou a Associação Pilorinhu, em comunicado.
Vhils desenvolveu uma linguagem visual singular com base na remoção das camadas superficiais de paredes e outros suportes através de ferramentas e técnicas não convencionais.
Começou a interagir com o espaço urbano através da prática do graffiti no início da década de 2000 e desde 2005 tem apresentado o seu trabalho à volta do mundo em exposições, eventos e outros contextos.
Além da sua inovadora técnica de escultura em baixo-relevo, o artista tem desenvolvido a sua estética pessoal numa multiplicidade de suportes: da pintura com stencil à gravura em metal, de explosões pirotécnicas e vídeo a instalações esculturais, tendo também já realizado vários videoclipes, curtas-metragens e uma produção de palco.
Vhils trabalha com várias galerias de renome, de onde se destacam a Galeria Vera Cortês (Portugal), Lazarides gallery (Reino Unido), Danysz gallery (França e China) e Over the Influence gallery (Hong Kong e Estados Unidos).
O projeto Xalabas - di Kumunidadi é desenvolvido pela ONG Africa 70, em parceria com a Associação Pilorinhu, e é cofinanciado pela União Europeia.
Desde 2017 tem vindo a implementar um programa de arte urbana, baseado em residências artísticas, onde são convidados artistas de renome internacional para deixarem uma obra no espaço público resultante da interacção com os moradores e artistas locais.
Já participaram no programa e passaram pelo bairro de Achada Grande Frente artistas como Nemo's (Itália), Paula Plim (Brasil), Finok (Brasil-Espanha), Ananda Nahú (Brasil), Falko One (África do Sul), Bankslave (Qénia), Dreph (Reino Unido).
A actividade conta com a parceria do Ministério da Cultura e das Industrias Criativas e com o apoio da Cooperação Portuguesa e da empresa de tintas SITA.