No seu discurso, o ministro lamentou o facto de o executivo não ter conseguido aumentar a verba desde 2017. Abraão Vicente aproveitou a ocasião para lançar um apelo ao sector empresarial mindelense e às grandes marcas nacionais presentes na ilha, no sentido de se envolverem mais e garantirem um “financiamento robusto” para o relançamento do Carnaval este ano.
“O Estado de Cabo Verde está a fazer a sua parte, mas acreditamos que é necessário aqui um ‘djunta mon’ colectivo. A organização, através da LIGOC, está a fazer a sua parte, organizando os grupos e fazendo a logística. Nós estamos a dar o pontapé de saída público, com este financiamento e a sua transferência nas próximas horas. Os hotéis, os restaurantes, todas as marcas empresariais que ganham e se beneficiam com a marca Mindelo e com a marca Carnaval de São Vicente são chamados este ano, em especial, a olhar para os grupos e a darem um financiamento extra, no sentido de relançarmos o Carnaval de Mindelo com a força e pujança necessárias”, defende.
Os cinco mil contos vão ser divididos de forma igualitária entre os cinco grupos oficiais participantes - Monte Sossego, Cruzeiros do Norte, Flores do Mindelo, Estrelas do Mar, Samba Tropical. Marco Bento diz que o Vindos do Oriente não deve desfilar este ano.
O presidente da LIGOC-SV diz que a verba disponibilizada é importante para os trabalhos em andamento nos estaleiros, mas alerta que é preciso mobilizar mais recursos.
“Qualquer dinheiro que entra para os grupos realizarem este Carnaval é importante. É claro que nós vamos tentar ainda conseguir alguns fundos através de instituições que estão cá e que participam no Carnaval, desde a hotelaria, restauração e empresas”, diz.
Marco Bento afirma que os grupos já conseguiram algum financiamento que lhes permitiu ir ao Brasil adquirir matéria-prima para o Carnaval.
Também a Câmara Municipal já disponibilizou a primeira tranche, no valor de mil contos, a cada grupo.
O Carnaval está marcado para 21 de Fevereiro.