​Vuca Pinheiro lança livro “Songbook – Vol. 3 | Vuca Pinheiro” em Portugal

PorDulcina Mendes,18 abr 2023 16:38

O compositor e músico Vuca Pinheiro lança esta quarta-feira, 19, no Centro Cultural de Cabo Verde, em Portugal, o seu livro “Songbook – Vol. 3 | Vuca Pinheiro”. A apresentação estará a cargo de Humberto Ramos e Alveno Figueiredo, haverá momento musical com Ana Azevedo, Carla Correia e Felisberto Andrade.

Vuca Pinheiro é natural da ilha da Brava, mas reside nos Estados Unidos da América. O seu primeiro instrumento musical foi uma gaita de boca oferecida por um amigo do seu pai. Noutros tempos, também o seu pai já lhe havia oferecido uma guitarra portuguesa. Mas, aos poucos, ainda pequeno (por volta dos 12 anos de idade) e durante o período de férias escolares, começou a sentir a influência das serenatas, das tocatinas na praça e dos ensaios de grupos musicais da época na ilha Brava.

Na ilha das flores, sempre houve o hábito de quase todos tocarem um instrumento musical, mas havia um tocador que sobressaía dos demais e por isso cativava a sua atenção. É ele o Djick Oliveira, antigo professor do Liceu da Praia e hoje também professor de violão.

Assim, e sem que o próprio Djick o percebesse, tornou-se o seu mentor, e a tentativa de emulação do mestre veio logo a seguir, quando em casa tentava repetir o seu feito.

Essas tentativas tornaram-no muito cedo num autodidata que gosta de explorar as cordas de um violão e desenvolveu uma maneira muito peculiar de tocar, uma vez que nunca gostou de imitar ninguém.

Mais tarde, já no Brasil, complementou a sua educação musical frequentando uma escola de música (“Música de Minas”) por dois anos, o que o ajudou a alargar os seus conhecimentos musicais, e a conhecer e a aceitar novos horizontes, novas escalas e novos ritmos.

O seu trajecto musical sempre teve a finalidade primeira de fazer renascer a composição bravense e trazê-la para o seio da actualidade musical cabo-verdiana, uma vez que a mesma vinha progressivamente se perdendo no tempo sem que se pudesse vislumbrar outro panorama mais favorável.

A saudade da terra natal, vivida em terras brasileiras e a necessidade de preservar a cultura tradicional cabo-verdiana (especialmente a bravense), fez com que focasse toda a sua atenção no assunto.

Começou por gravar, nos Estados Unidos da América em 1985, o seu primeiro disco (“Força Di Cretcheu”), quando a música da Martinica sufocava literalmente a música tradicional cabo-verdiana.

Contrariamente a todas as previsões, esse disco de mornas antigas da ilha Brava conseguiu obter um enorme sucesso que fez com que a morna se reafirmasse no cenário musical cabo-verdiano nos Estados Unidos da América.  

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Autoria:Dulcina Mendes,18 abr 2023 16:38

Editado porAndre Amaral  em  12 jan 2024 23:28

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