Questionado sobre as posições a favor e contra a instalação de bancadas do Carnaval, o presidente da Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval de São Vicente (LIGOC-SV), Marco Bento, diz que o único problema é que a procura por bilhetes é muito superior à oferta.
“É claro que sim. Temos que dar passos concretos. Não podemos estar a falar de coisas que não têm nada a ver e dizer, por exemplo, que os grupos estão a aproveitar do Carnaval ou que o Carnaval está a ser sequestrado. É conversa fiada. É argumento da pessoa que, talvez, não encontra bilhete. Então, para fazer com que essa pessoa possa encontrar bilhete temos que ir para um espaço maior e com a disponibilização de mais lugares. Então, todos nós, desde a organização, a Câmara Municipal e a sociedade civil temos que ter uma conversa descomplexada em relação a isso. Porque temos o mesmo objectivo que é a sustentabilidade”, diz.
Quanto à edificação de estaleiros para os grupos, Marco Bento reafirma que já há um terreno disponibilizado pela Câmara Municipal na zona da Ribeira de Vinha. São cerca de 1400 m2 por estaleiro.
“O único problema do terreno que foi disponibilizado é que há uma condicionante: queremos fazer o edifício com contentores e temos que os procurar em outros sítios, para além de São Vicente. O terreno é na Ribeira de Vinha, perto da cidade, portanto, não há problema em trazer os carros alegóricos. Estamos a pensar em 1300/1400m2 por estaleiro. Mas podemos dizer que já é um passo firme”, afirma.
Sobre um futuro museu do Carnaval, o líder da LIGOC-SV diz que a decisão deve partir dos próprios grupos.
O centro histórico da cidade do Mindelo acolheu, na noite de terça-feira, o desfile dos grupos oficiais que concorrem aos prémios no carnaval em São Vicente. Foram cinco horas de folia, brilho e fantasia.