Em partida a contar para a primeira jornada do grupo D, numa tarde-noite na Cidade Praia, o público praiense compareceu em massa ao Estádio Nacional.
Quanto ao jogo, os primeiros 20 minutos foram de estudo mútuo, sem oportunidades reais de perigo, mas com Angola, que jogava com o vento a favor, a chegar com mais perigo à baliza cabo-verdiana.
A meio da primeira parte, os angolanos tinham mais posse de bola e aos 25 minutos cheirou golo com o avançado Zito, à entrada da área, a rematar forte, com o guara-redes Vozinha a controlar o esférico, que não passou longe da baliza.
O perigo rondava a área cabo-verdiana e aos 28 minutos, Vozinha mergulhou dentro da pequena área, aos pés de Mabululu para evitar o primeiro golo da partida.
Cabo Verde ensaiava e a Angola controlava o jogo, com o capitão Fredy, ex Belenenses de Portugal, a dominar o meio-campo, perante a impotência da dupla cabo-verdiana formado por Deroy Duarte e Leandro Andrade.
Antes do final da primeira parte, o combinado nacional levou perigo à baliza adversária com o guara-redes Neblu a antecipar o cabeceamento de Pico, após um cruzamento com selo de golo João Paulo Fernandes.
Logo a seguir, aos 41 minutos, numa perda de bola da defensiva angolana, Bebé e Ryan Mendes desentendem-se dentro da grande e desperdiçaram a única oportunidade flagrante de golo da primeira parte.
Ao intervalo, Bubista fez entrar Jamiro para o lugar de Leandro Andrade e o primeiro lance de perigo pertenceu a Cabo Verde, com Deroy Duarte quase marcara, com remate que assustou o guardião adversário.
A partida ganhou mais intensidade, com a turma cabo-verdiana a tentar tomar as rédeas do jogo , mas do outro lado estava um adversário com a lição bem estudada: controlar o meio campo para surpreender a defensiva cabo-verdiana.
Para contrariar o esquema táctico angolano, Bubista refrescou o meio campo com a entrada de Patrick Andrade para o lugar de Deroy Duarte e no ataque trocou Garry Rodrigues por Hélio Varela
A partir daí, também com entrada de João Correia para o lugar de Willy Semedo, Cabo Verde começou a dominar e chegava com mais perigo, mas sem nunca descurar do perigoso contra-ataque angolano.
Na linha atacante, Hélio Varela tentava desequilibrar e Cabo Verde carregava para quebrar com o nulo no marcador, que nem a troca do esgotado Bebé para refrescado Duk conseguiu mudar o placar electrónico do Estádio Nacional.
Mas antes, João Correia, que entrou muito bem jogo, esquentou as luvas do guarda-redes Neblu, que fez a defesa da noite e salvou a Angola de uma derrota.
Na turma cabo-verdiana destaque para uma exibição imaculável do defesa-central Pico e para Bubista, pela ousadia, coragem e visão na hora das substituições.
De acordo com o calendário da FIFA, Cabo Verde volta a jogar no dia 21, com a congénere da Eswatini, antiga Suazilândia, em jogo da jornada, a ser disputado no Estádio Mbombela (Nelspruit, África do Sul) às 15:00 (12:00 em Cabo Verde).
A fase final do Mundial’2026 vai ser disputada de 08 de Junho a 19 de Julho de 2026 no Canada, Estados Unidos da América e México, e contará, pela primeira vez, com 48 selecções, sendo nove do continente africano, um aumento de mais quatro selecções em relação ao último mundial.
Os 54 países africanos, conforme o novo regulamento, foram divididos em nove grupos de seis selecções (grupo de A a I) e os vencedores de cada grupo classificam-se, automaticamente, para o Mundial 2026.
Os quatro melhores segundos vão disputar uma final-four onde vai ficar decidida a equipa que vai representar África numa repescagem intercontinental, que poderá aumentar para dez o número de países africanos no Mundial.